Cidade
da Praia – Cabo Verde caiu nove lugares no ‘ranking’ mundial da liberdade de
imprensa, em relação a 2021, conforme o relatório que a ONG internacional, com
sede em Paris, França, Repórter Sem
Fronteiras (RSF) divulgou hoje.
Apesar
da queda, o País continua a ocupar a melhor posição a nível dos países
africanos de língua oficial portuguesa.
Depois
de Cabo Verde, 36º, terceiro entre os lusófonos, é a Guiné-Bissau que surge
como o melhor classificado (92º lugar). Angola é 99º e o Brasil 110º.
Moçambique é o pior classificado entre os países de língua oficial portuguesa
ao ficar na 116ª posição entre um total de 180 países analisados.
Entre
os países lusófonos, Portugal é o que alcança a melhor classificação (7º).
Destaque igualmente para o crescimento de Timor-Leste que da edição do ranking
de 2021 para este ano subiu da 71ª posição para a 17ª.
Os
dados revelados pela RSF sobre a imprensa de língua portuguesa mostram que Cabo
Verde e Moçambique são os dois únicos países que perdem posições no ‘ranking’.
Cabo Verde desce nove lugares enquanto Moçambique perde oito posições.
Segundo
a RSF, o arquipélago se destaca na região pelo ambiente de trabalho dos
jornalistas. A liberdade de imprensa é garantida pela constituição. Os
diretores dos meios de comunicação públicos, que dominam o cenário mediático,
são nomeados diretamente pelo governo.
“Cabo
Verde, dada a sua dimensão, possui um cenário mediático diversificado. Existem
cinco canais de televisão, incluindo o canal público Televisão de Cabo Verde
(TCV), o de maior audiência, três canais privados e um canal português dirigido
aos países africanos de língua portuguesa”, lê-se no relatório da RSF.
De
acordo com a mesma fonte, o País possui cerca de 10 estações de rádio, uma das
quais é pública (Rádio de Cabo Verde, RCV). Com relação à imprensa escrita ou online,
Cabo Verde possui uma agência de notícias, dois jornais impressos e cerca de
cinco sítios de notícias. Entretanto, a geografia do arquipélago também
dificulta a distribuição da mídia em todas as dez ilhas.
Entretanto,
países como Noruega, Dinamarca e Suécia continuam no topo da lista como um
modelo democrático onde a liberdade de expressão prevalece, e embora haja
melhorias na Moldova e na Bulgária.
A
RSF observou igualmente uma polarização dos meios de comunicação social nos
Estados Unidos, em França e na Polónia. In “Inforpress”
– Cabo Verde
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