Cidade
da Praia – O Governo e a FAO assinaram uma parceria no âmbito do projecto que
visa “Reforçar as capacidades de Cabo Verde na abordagem dos efeitos das
alterações climáticas em sectores-chave da economia azul”, orçado em 500 mil
dólares.
O
documento foi rubricado pelo secretário de Estado das Finanças, Alcindo Mota, e
pela representante da FAO em Cabo Verde, Ana Touza.
Segundo
a representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a
Agricultura, trata-se do primeiro projecto financiado pelo Fundo Mundial para o
Clima, que reúne grandes fundos de financiamento climático a nível mundial, que
Cabo Verde recebe.
“É
um projecto para ser executado pela FAO, o objectivo é, em primeiro lugar,
capacitar todos os actores chaves das diversas áreas da economia azul,
nomeadamente a aquacultura, os sectores das pescas, do turismo e da energia”,
informou.
A
partir deste financiamento, acrescentou, vai-se formular o plano de trabalho
para a acção climática relativamente ao sector da economia azul e outros, sendo
um outro objectivo, a formulação de uma proposta de um projecto mais alargado
para um fundo, para executar projectos para além dos 10 milhões de dólares em
investimentos.
Este
projecto, a nível do País, conforme avançou Ana Touza, está orçado em cerca de
500 mil dólares, para ser executado em oito meses, com vista a criação de capacidades,
planeamento, e, sobretudo, para reforçar e preparar um outro projecto mais
alargado para a próximo ano, que terá como objectivo incorporar toda a parte
climática, a sustentabilidade de todas as acções relativamente aos sectores da
economia.
O
secretário de Estado das Finanças, Alcindo Mota, por seu lado, considerou que
este é um importante acordo, por ser a primeira vez que Cabo Verde está a
aceder ao Fundo Verde para o Clima, realçando a parceria da FAO em aceder a
este importante canal de financiamento para a economia azul.
Alcindo
Mota assegurou que o Governo tem vindo a acompanhar com muita equidade os
impactos, quer em matéria das alterações que tem a ver com os produtos
energéticos, mas também dos impactos que têm que ver com os produtos
alimentares, e tem desenhado uma série de programas visando mitigar o impacto
da seca e agora da guerra na Ucrânia, para as famílias mais vulneráveis.
“Cabo
Verde é um dos países mais impactados, sendo um pequeno Estado insular em
desenvolvimento. (…) Com este projecto estaremos a nos capacitar
institucionalmente e tecnicamente por forma a que possamos apresentar outros
projectos ao Fundo Verde para o Clima, e aí acedermos, efectivamente, a fundos
que nos ajudam a potenciar esses sectores, quer a nível da pesca, da
aquacultura, do turismo, e de outros”, afirmou.
O
ministro do Mar, Abraão Vicente, na sua participação em modo virtual, destacou
a importância deste projecto, salientando que a assinatura do documento, além
de estar alinhada com a agenda internacional, serve para o desenho de políticas
mais assertivas.
“Por
isso, da parte do Ministério do Mar manifesto todo o nosso engajamento, apoio,
todo o alinhamento das nossas equipas técnicas, no sentido de, juntamente com a
FAO e com a Direcção Nacional do Planeamento, fazer o trabalho técnico e
preparatório para tirar o máximo proveito desta linha de financiamento,
desenhando os projectos que correspondem às necessidades de cada uma das
ilhas”, declarou. In “Inforpress” – Cabo Verde
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