A Juventude Unida dos Países de Língua Portuguesa, que nasceu há quase dois anos, está a expandir-se e também quer chegar aos jovens de Macau. “Precisamos de pontes que nos ajudem a chegar às pessoas”, indicou ao Ponto Final Ricardo Soares, fundador e coordenador do movimento
A Juventude Unida dos Países de Língua Portuguesa
(JUPLP) nasceu há quase dois anos, fruto da vontade dos fundadores em criar uma
rede de jovens do mundo lusófono aparte das questões políticas e
institucionais. Macau é um dos poucos territórios que ainda não tem membros e
este movimento quer abraçar também a RAEM.
Ricardo
Soares, fundador e coordenador da JUPLP, explicou ao Ponto Final que esta
plataforma foi criada em Julho de 2020 devido à percepção de que os jovens
lusófonos não estavam representados pelas instâncias oficiais.
“Hoje
a juventude da lusofonia conta com aproximadamente 48 milhões de pessoas. A
língua portuguesa hoje é das que mais cresce e uma das mais faladas do mundo,
então precisávamos de ter um movimento que representasse uma parcela dessa
juventude”, indicou Ricardo Soares, acrescentando: “A CPLP [Comunidade dos
Países de Língua Portuguesa] é uma questão muito institucional, formal e
burocrática e talvez isso não faça uma representação tão grande pela
juventude”. A JUPLP está virada também para o empreendedorismo, cultura e
lazer, por exemplo.
Por
agora, esta plataforma tem 22 membros divididos por quase todos os territórios
lusófonos, mas está em vias de expandir. Até ao final deste mês, vão entrar
mais pessoas.
Até
agora, a maioria das iniciativas da JUPLP foi de cariz online. “Fizemos
algumas iniciativas online e partilhámos informações de cultura e
política para todas as pessoas. O nosso trabalho foi fomentar a troca de
informações”, notou o fundador. No entanto, em Dezembro do ano passado, foi
realizada, em Coimbra, uma acção intitulada “Conexões”, onde o principal
objectivo foi a promoção de diálogos abertos sobre temas relativos à juventude
lusófona. Desde então, já se realizou outro “Conexões” em Cabo Verde e vai
realizar-se outro na Galiza e no Porto.
Além
disso, a organização também já realizou um curso de empreendedorismo social.
Uma iniciativa que teve como objectivo mostrar que “cada jovem,
independentemente do país e das condições, tem possibilidades de empreender e
criar o seu negócio”.
Agora,
a JUPLP também quer chegar a Macau e começar no território um processo de
recrutamento. “Queremos que os jovens de Macau também participem”, afirmou o
fundador do projecto, esclarecendo que o convite está aberto a qualquer jovem
do território, independentemente da nacionalidade. A plataforma começou agora a
fazer o trabalho de campo em Macau e vai entretanto analisar quais as
possibilidades de cooperação na RAEM. “Precisamos de pontes que nos ajudem a
chegar às pessoas”, afirmou. André Vinagre – Macau in “Ponto
Final”
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