Bissau
- A Presidente do Sindicato Nacional dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação
Social (SINJOTECS) disse estar preocupada com o aumento do
jornalismo-militante, na Guiné-Bissau, referindo-se aos profissionais com
militância partidária declarada, publicamente, mas que continuam nas redações.
Indira
Correia Baldé que falava à imprensa, no âmbito das celebrações do dia
internacional da liberdade de imprensa criticou ainda os jornalistas de terem
medo de fazerem os seus trabalhos, por temerem represálias.
“Na
Guiné-Bissau, os jornalistas ou técnicos profissionais de comunicação social
sentem medo de fazer um trabalho jornalístico dentro dos padrões recomendados,
por medo de serem retalhados ou despedidos”, disse Correia Baldé, que criticou
que a liberdade de imprensa está a ser ameaçada.
Acrescentou
que o fenómeno “jornalista-militante” continua a aumentar na sociedade
guineense, e diz que descredibiliza o ser jornalista enquanto fazedor de
opinião.
Perante
esta situação, a Presidenta da SINJOTECS pediu aos jornalistas a serem
profissionais comprometidos com o país, com Lei de imprensa, o Código
Deontológico, a Ética e o Estatuto do jornalista, e não com indivíduos ou
grupos.
Referindo-se
ao lema da jornada “Jornalismo Digital”, Correia Baldé destacou que a nova
tecnologia democratizou o acesso à informação, mas que também impôs vários
desafios à média tradicional.
Acrescentou
que as informações que são publicadas muitas vezes são falsas e susceptíveis de
criarem conflitos.
“O
papel que temos é de informar para despertar, ajudar a população ou aos
cidadãos a compreenderem os processos complicados de governação, e consciencializá-los
sobre como as decisões tomadas podem as afetar”, disse.
No
âmbito dessa iniciativa da SINJOTECS, vários jornalistas, da nova e velha
geração trocaram impressões sobre a necessidade de se acompanhar a evolução da
digitalização enquanto jornalismo do futuro. In “Agência
de Notícias da Guiné” – Guiné-Bissau
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