Em primeiro lugar no concurso de poesia céltica ficou um poema da autoria de Maria José Leal, cirurgiã pediátrica do Hospital da Cruz Vermelha em Lisboa. Uma menção honrosa com direito a troféu foi o que a poetisa Sellma Luanny recebeu com o inédito “Os Celtas e Eu”. O prémio deu à autora brasileira uma sensação de total realização, até porque, apesar de escrever há muitos anos, a antiga médica do Centro Hospitalar Conde de São Januário nunca tinha recebido qualquer distinção com a sua escrita. O evento foi promovido no âmbito I Festival de Poesia e Música Bárdicas, organizado, no Alentejo, pela Assembleia da Tradição Druídica Lusitana
A
poetisa brasileira Sellma Luanny, radicada em Macau desde 1987, foi agraciada
com uma menção honrosa e um troféu no primeiro Concurso de Poesia Céltica,
integrado no I Festival de Poesia e Música Bárdicas, que se realizou nos dias
30 de Abril e 1 de Maio, no Centro Druídico da Lvsitânea no Alentejo, em
Portugal. “Estou muito feliz com o prémio. Sinto-me totalmente realizada
porque, na verdade, nunca tinha ganho qualquer prémio com a poesia. E, muito
sinceramente, quis apenas participar, nunca imaginando que poderia ganhar
alguma coisa”, confessou a autora ao Ponto Final.
O
regulamento do concurso, que Sellma Luanny recebeu através de um e-mail da
Sociedade Portuguesa de Escritores e Artistas Médicos (SOPEAM), da qual é
associada, obrigava à entrega de apenas um poema original por autor. Ao mesmo
tempo, a poesia deveria “versar uma temática inequivocamente céltica”. Os
poemas podiam ser entregues em português, galego, castelhano, francês ou
inglês. “Entreguei o poema ‘Os Celtas e Eu’ em Dezembro, mas podia ter entregue
até dia 19 de Março. Uns dias antes do evento, recebi a informação que tinha
sido uma das vencedoras”, afirmou a poetisa.
No
dia 1 de Maio, no segundo dia do festival, Sellma Luanny entrou em directo, via
Zoom, durante o anúncio oficial dos vencedores do concurso de poesia e declamou
o seu poema para a audiência que se juntou por dois dias em São Pedro do
Corval, pequena localidade alentejana, conhecida pela sua cerâmica tradicional.
Em
primeiro lugar no mesmo concurso de poesia céltica ficou um poema da autoria de
Maria José Leal, cirurgiã pediátrica do Hospital da Cruz Vermelha em Lisboa,
Portugal.
O
I Festival de Poesia e Músicas Bárdicas, onde se inseriu o primeiro Concurso de
Poesia Céltica, foi organizado Assembleia da
Tradição Druídica Lusitana (ATDL).
Muitos planos para o futuro
A
autora tem planos para editar mais livros, mas desta vez gostaria de ter
apoios, porque “uma edição de autor exige grande despesa”. “Tenho coisas que
gostaria de publicar em livro, mas preciso de apoio. Enviei uma proposta à
Associação Amigos do Livro em Macau e aguardo por uma resposta”, confidenciou a
poetisa que ainda tem outro projecto em mãos, mas que ainda não está acabado.
Recorde-se
que Sellma Luanny editou, em Outubro do ano passado, dois livros. “Julieta
Serei Eu” e “Lilases”, edições de autor limitada a 100 exemplares, foram
divulgados na Fundação Rui Cunha pela antiga médica especialista de Anatomia
Patológica. Em Março de 2018, também na Fundação Rui Cunha, a autora lançou
“Poema Matizados” com a chancela da Livros do Oriente.
Sellma
Luanny nasceu na cidade de Coromandel, estado de Minas Gerais, no Brasil.
Formou-se em Medicina no seu país natal, com especialidade em Anatomia Patológica,
e veio para Macau, em 1987, onde trabalhou como médica durante quase 30 anos.
Escreve poemas esporadicamente, desde a adolescência. Nos últimos dez anos vem
escrevendo mais assiduamente, sobretudo no idioma inglês, poemas que declama no
YouTube.
Afastada
do Centro Hospitalar Conde de São Januário desde Dezembro de 2016, altura em
que se aposentou, Sellma Luanny ainda fez uma perninha na Universidade de Hong
Kong, onde trabalhou esporadicamente em 2017 e 2018.
Participou
na antologia poética “Rio das Pérolas”, organizada pelo poeta português António
MR Martins e com chancela da editora local Ipsis Verbis, lançada em Macau em
2020.
Fernando
Pessoa e Florbela Espanca, de Portugal, bem como Cecília Meireles, Gonçalves
Dias e Vinicius de Moraes, do Brasil, figuram entre os poetas aclamados
preferidos de Sellma Luanny. Gonçalo Pinheiro – Macau in “Ponto
Final”
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