Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quinta-feira, 12 de maio de 2022

Portugal - I Festival de Poesia e Música Bárdicas

Em primeiro lugar no concurso de poesia céltica ficou um poema da autoria de Maria José Leal, cirurgiã pediátrica do Hospital da Cruz Vermelha em Lisboa. Uma menção honrosa com direito a troféu foi o que a poetisa Sellma Luanny recebeu com o inédito “Os Celtas e Eu”. O prémio deu à autora brasileira uma sensação de total realização, até porque, apesar de escrever há muitos anos, a antiga médica do Centro Hospitalar Conde de São Januário nunca tinha recebido qualquer distinção com a sua escrita. O evento foi promovido no âmbito I Festival de Poesia e Música Bárdicas, organizado, no Alentejo, pela Assembleia da Tradição Druídica Lusitana

A poetisa brasileira Sellma Luanny, radicada em Macau desde 1987, foi agraciada com uma menção honrosa e um troféu no primeiro Concurso de Poesia Céltica, integrado no I Festival de Poesia e Música Bárdicas, que se realizou nos dias 30 de Abril e 1 de Maio, no Centro Druídico da Lvsitânea no Alentejo, em Portugal. “Estou muito feliz com o prémio. Sinto-me totalmente realizada porque, na verdade, nunca tinha ganho qualquer prémio com a poesia. E, muito sinceramente, quis apenas participar, nunca imaginando que poderia ganhar alguma coisa”, confessou a autora ao Ponto Final.

O regulamento do concurso, que Sellma Luanny recebeu através de um e-mail da Sociedade Portuguesa de Escritores e Artistas Médicos (SOPEAM), da qual é associada, obrigava à entrega de apenas um poema original por autor. Ao mesmo tempo, a poesia deveria “versar uma temática inequivocamente céltica”. Os poemas podiam ser entregues em português, galego, castelhano, francês ou inglês. “Entreguei o poema ‘Os Celtas e Eu’ em Dezembro, mas podia ter entregue até dia 19 de Março. Uns dias antes do evento, recebi a informação que tinha sido uma das vencedoras”, afirmou a poetisa.

No dia 1 de Maio, no segundo dia do festival, Sellma Luanny entrou em directo, via Zoom, durante o anúncio oficial dos vencedores do concurso de poesia e declamou o seu poema para a audiência que se juntou por dois dias em São Pedro do Corval, pequena localidade alentejana, conhecida pela sua cerâmica tradicional.

Em primeiro lugar no mesmo concurso de poesia céltica ficou um poema da autoria de Maria José Leal, cirurgiã pediátrica do Hospital da Cruz Vermelha em Lisboa, Portugal.

O I Festival de Poesia e Músicas Bárdicas, onde se inseriu o primeiro Concurso de Poesia Céltica, foi organizado Assembleia da Tradição Druídica Lusitana (ATDL).

Muitos planos para o futuro

A autora tem planos para editar mais livros, mas desta vez gostaria de ter apoios, porque “uma edição de autor exige grande despesa”. “Tenho coisas que gostaria de publicar em livro, mas preciso de apoio. Enviei uma proposta à Associação Amigos do Livro em Macau e aguardo por uma resposta”, confidenciou a poetisa que ainda tem outro projecto em mãos, mas que ainda não está acabado.

Recorde-se que Sellma Luanny editou, em Outubro do ano passado, dois livros. “Julieta Serei Eu” e “Lilases”, edições de autor limitada a 100 exemplares, foram divulgados na Fundação Rui Cunha pela antiga médica especialista de Anatomia Patológica. Em Março de 2018, também na Fundação Rui Cunha, a autora lançou “Poema Matizados” com a chancela da Livros do Oriente.

Sellma Luanny nasceu na cidade de Coromandel, estado de Minas Gerais, no Brasil. Formou-se em Medicina no seu país natal, com especialidade em Anatomia Patológica, e veio para Macau, em 1987, onde trabalhou como médica durante quase 30 anos. Escreve poemas esporadicamente, desde a adolescência. Nos últimos dez anos vem escrevendo mais assiduamente, sobretudo no idioma inglês, poemas que declama no YouTube.

Afastada do Centro Hospitalar Conde de São Januário desde Dezembro de 2016, altura em que se aposentou, Sellma Luanny ainda fez uma perninha na Universidade de Hong Kong, onde trabalhou esporadicamente em 2017 e 2018.

Participou na antologia poética “Rio das Pérolas”, organizada pelo poeta português António MR Martins e com chancela da editora local Ipsis Verbis, lançada em Macau em 2020.

Fernando Pessoa e Florbela Espanca, de Portugal, bem como Cecília Meireles, Gonçalves Dias e Vinicius de Moraes, do Brasil, figuram entre os poetas aclamados preferidos de Sellma Luanny. Gonçalo Pinheiro – Macau in “Ponto Final”


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