A
biografia, contada na primeira pessoa e sem censura, da luta por uma Angola
livre, está retratada no livro “Angola, Um Intelectual na Rebelião” da autoria
Manuel Videira, que será lançado no dia 14 de outubro, às 17 horas,
no auditório da UCCLA.
A
apresentação da obra estará a cargo de Adolfo Maria e Jean-Michel Mabeko-Tali.
Sinopse:
Quando
a bota do colonialismo calcava Angola, jovens idealistas atreveram-se a ser
livres. Manuel Videira foi um deles. Estudante de medicina na Universidade de
Coimbra, vindo de barco da sua Angola natal, junta-se a outros africanos na
mítica Casa dos Estudantes do Império e embarca na luta pela libertação da
pátria. Sem olhar para trás. Da espectacular fuga de mais de cem estudantes
africanos para França, passando pelo Congo recém-independente ou pela Argélia
livre, Manuel Videira viu um país nascer em directo - e ajudou no parto.
Esta
é a história, contada na primeira pessoa e sem censura, da luta por uma Angola
livre. O exílio no Congo, as divergências entre os movimentos independentistas,
as lutas de poder internas no MPLA, os treinos militares em campos secretos na
Argélia, a guerrilha na Frente Leste, a Revolta Activa, o racismo, os dias
alegres da independência e as desilusões e a repressão que se seguiram.
Biografia:
Manuel
Videira nasceu em Angola, Porto Amboim, em 1935. Licenciou-se em Medicina pela
Universidade de Coimbra, em 1961, tendo sido dirigente eleito da Associação
Académica. Sócio da Casa de Estudantes do Império e um dos organizadores da
fuga de estudantes para França em 1961. Em Paris, filia-se no MPLA, tendo
organizado nova fuga clandestina, desta vez para o Gana, no mesmo ano, de onde
partiu para Léopoldville. Foi um dos fundadores do CVAAR (Corpo Voluntário
Angolano de Assistência aos Refugiados), organismo que serviu de ponta de lança
à penetração política do MPLA no Congo. Combateu na guerrilha do MPLA e, mais
tarde, fez parte da Revolta Activa. Com a independência regressou a Angola,
tendo sido preso durante 2 anos, 6 meses e 14 dias. De volta à vida civil, foi
médico (cirurgião e urologista) e director-geral do Hospital Universitário
Américo Boavida. Está reformado com a patente de Coronel.
Morada:
Casa
das Galeotas
Avenida
da Índia, n.º 110 (entre a Cordoaria Nacional e o Museu Nacional dos Coches), em
Lisboa
Autocarros:
714, 727 e 751 - Altinho, e 728 e 729 – Belém
Comboio: Estação de
Belém
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