Depois de anos a receber inúmeras publicações relacionadas com Macau, a Casa de Macau em Portugal decidiu agora organizar um fundo documental, cujo objectivo é ajudar estudantes e investigadores em assuntos respeitantes ao território. O projecto de organização dos materiais deverá demorar cerca de dois anos a ser concretizado. Por outro lado, a Direcção da Casa anunciou o regresso dos eventos presenciais – vai haver Magusto e Chá-Gordo de Natal
A
Direcção da Casa de Macau em Portugal vai organizar um fundo documental, uma
vez que ao longo dos anos tem recebido “inúmeras publicações” que têm sido
depositadas numa das salas da Casa. Assim, entendeu que “seria importante”
começar a organizar toda a documentação, “por forma a catalogar e salvaguardar
o importante espólio” de que dispõe.
No
boletim informativo “Qui Nova?”, enviado ao Jornal Tribuna de Macau, a Casa de
Macau informa que, sob a supervisão da vice-presidente da Direcção, Maria João
dos Santos Ferreira, se iniciou um projecto de tratamento documental “tendo em
vista uma futura partilha de informação e conhecimentos” com o público que
deseje consultar o espólio.
“Um
dos propósitos fundamentais é conseguirmos apoiar estudantes e investigadores,
em assuntos respeitantes a Macau. Trata-se de um projecto audacioso que levará
cerca de dois anos a ser concretizado”, refere.
De
acordo com a informação, o fundo documental será organizado em temáticas será
organizado em temáticas referentes a Macau e apoiado em diversos ficheiros: de
ordem sequencial numérica; de títulos de publicação; de autoridade (autor
pessoa física ou colectividade); de assunto, entre outros.
“Numa
primeira fase, ainda incipiente, estamos a fazer a separação entre monografias
e publicações periódicas, tendo sido já agrupadas cerca de 60 monografias, de
diversos autores, e cerca de 20 títulos de publicações periódicas, que terão no
seu conjunto mais de 100 publicações”, pode ler-se no boletim informativo.
A
preocupação da Casa é “centralizar a documentação toda em salas específicas” –
uma de monografias e outra de periódicos. “Este projecto prima também pela sua
ambição: queremos utilizadores presenciais – na nossa sala de leitura – e
remotos – que acedam à base de dados que iremos futuramente criar”.
Actividades presenciais estão de volta
Por
outro lado, a Casa de Macau anunciou o regresso “progressivo e seguro” às
actividades presenciais, em linha com o que está a acontecer em Portugal, e de
forma a proporcionar aos associados, amigos e parceiros “momentos de lazer e
convívio, numa tentativa de recuperar rotinas e uma certa normalidade”.
Nesse
sentido, neste último trimestre do ano vão realizar-se dois eventos de
confraternização – um convívio de São Martinho e outro de Natal. O tradicional
Magusto vai decorrer no dia 13 de Novembro, a partir das 15:00, proporcionando
um lanche ajantarado em que serão servidos “não só os pratos tradicionais da
época, como o caldo verde, as febras, as castanhas cozidas e assadas, mas
também algumas delícias Macaenses, como chilicotes, arroz chau-chau, tai chói
kóu de coco e bebinca de leite”.
Já
no dia 11 de Dezembro, a partir das 17:00, terá lugar na Casa de Macau em
Portugal um Chá-Gordo de Natal “muito especial”, indica a organização. Além de
um menu “repleto” de iguarias Macaenses, contará com música ao vivo, com a
actuação do Duo “A Outra Banda”. Constituído em finais de 2015, o Duo reúne os
talentos de Carlos Piteira e Jaime Mota, num tom revivalista, onde canções do
passado, portuguesas, macaenses e de outras longitudes, são reinventadas ao som
das teclas (órgão) e das cordas (viola), “prometendo muita animação e
nostalgia”.
Em
ambos os eventos, a participação de qualquer pessoa, sócios, não sócios,
adultos ou crianças, tem um custo de cinco euros. A Casa de Macau espera assim
poder contar com “uma calorosa adesão”.
Plano de actividades e orçamento votados no dia 25 de
Novembro
A
Casa de Macau em Portugal convocou uma Assembleia Geral Ordinária para o dia 25
de Novembro, pelas 17:00. De acordo com a informação disponível, da agenda
fazem parte a apreciação e votação do Plano de Actividades e Orçamento para
2022 e as propostas de sócios honorários. Catarina Pereira – Macau in “Jornal
Tribuna de Macau”
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