As
Nações Unidas querem que contingentes de Angola possam integrar operações em
situações pós-conflito. A organização tem atualmente mais de 90 mil conciliadores
em 12 operações de paz no mundo.
As
maiores estão na África: na República Democrática do Congo e na República
Centro-Africana. Angola acompanha processos de estabilização presidindo na
Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos, CIRGL.
Trabalho
Em
visita terminada esta quinta-feira, em Luanda, o subsecretário-geral da ONU
para as Operações de Paz, Jean Pierre Lacroix explicou aos jornalistas os
detalhes para realizar essa intenção.
“Esse
é o nosso objetivo. Está muito claro que vai depender da decisão política das
autoridades de Angola. Neste momento, o que acordamos é que deve começar um
trabalho mais intenso para que Angola esteja preparada para desdobrar unidades,
pessoas e participar nas nossas operações.”
Lacroix
mencionou ainda a necessidade de robustez para garantir uma presença militar
eficaz em ações desta natureza, por envolverem riscos e perigos.
“Essas
operações precisam de capacidades fortes, de ser bem-preparadas e com
equipamento adequado. Eu acho que a República de Angola pode contribuir para
preencher esse déficit de capacidade que nós temos em várias operações da
ONU.”
Tropas de paz
O
ministro angolano das Relações Exteriores, Téte António, ressaltou o
envolvimento de diferentes setores nas discussões em andamento sobre uma futura
integração angolana nas tropas de paz.
“Também
no âmbito do Capítulo 8 da Carta das Nações Unidas, a cooperação com a ONU e as
Organizações regionais cabe também nesta visita. Outra parte importante é a possível
participação da República de Angola em missões de operações da paz. É parte da
agenda das discussões acontecendo não só com autoridades diplomáticas, tivemos
a visita também com as autoridades militares angolanas no que diz respeito às
nossas capacidades nesse aspeto.”
Esta
semana, Jean Pierre Lacroix esteve na República Democrática do Congo e no
Burundi. A presença na capital burundesa, Bujumbura, foi a primeira de um alto
funcionário da organização em cerca de cinco anos. ONU News – Nações Unidas
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