Com aprovação da primeira vacina contra malária, Mosquirix, pelo menos duas mil crianças poderão ser salvas por ano no País. Implementação da vacina começa a ser testada em 2023. Angola está entre as nações com mais casos da doença
Mais
de duas mil crianças menores de cinco anos poderão deixar de morrer de malária
no País com a aprovação da vacina RTS, S/AS01 ou Mosquirix. A primeira vacina
para a mais mortal das doenças endémicas no mundo foi aprovada no início de
Outubro deste ano pela Organização Mundial da Saúde (OMS), após ter mostrado
uma eficácia acima de 50%.
De
acordo com a OMS, a Mosquirix é fácil de fazer chegar a todo o lado, além de
ser eficaz e ter um custo apropriado, garantindo uma redução de, pelo menos,
30% nos casos mais graves de malária.
Angola,
segundo aquele organismo das Nações Unidas, é um dos países onde o fardo da
doença é maior, devido aos altos números de casos e de morte.
Dados
do Ministério da Saúde (MINSA) apontam que os menores de cinco anos representam
a franja mais afectada pela malária, seja a nível de casos, como de óbitos. Por
exemplo, só em 2020, dos mais de 11 mil mortos causados pela doença, perto de
seis mil foram menores de cinco anos, em 2,6 milhões de casos registados. Ou
seja, em 2020, mensalmente, quase 500 crianças morreram devido à doença, uma
média de quase 16 por dia.
Neste
ano, entre Janeiro e Agosto, por exemplo, das nove mil mortes registadas,
conforme o coordenador do Programa Nacional de Combate à Malária, em entrevista
à rádio LAC, mais de duas mil foram em menores de cinco anos.
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