Agência
Reguladora do Ensino Superior (ARES) cabo-verdiano autorizou a Universidade de
Cabo Verde (Uni-CV) a ministrar a primeira licenciatura em Língua, Literatura e
Cultura Chinesa, conforme despacho publicado.
No
despacho, com data de 21 de outubro, a ARES “reconhece estarem reunidas as
condições para o registo e funcionamento” do ciclo de estudos, de cinco anos (6620
horas), da licenciatura em Línguas, Literaturas e Culturas – Estudos Chineses.
O
curso funcionará “a partir do ano académico 2021/2022”, já iniciado, e será
ministrado na Faculdade de Ciências Sociais, Humanas e Artes (FCSHA), na cidade
da Praia, já no novo campus da Uni-CV, precisamente construído e financiado em
5600 milhões de escudos (50,7 milhões de euros) pela China, que o entregou ao
Governo cabo-verdiano em julho passado.
Naquela
cerimónia, realizada em 23 de julho, o embaixador da China na Praia, Du
Xiaocong, referiu que este novo campus, construído ao longo de quatro anos, é o
“maior projeto” financiado por Pequim em Cabo Verde, com capacidade para mais
de 5000 alunos e professores.
O
diplomata anunciou que o campus da universidade estatal cabo-verdiana vai
receber também o Instituto Confúcio – que já está instalado em Cabo Verde desde
2015 e que promove a extensão universitária, através da língua e da cultura da
China – e “albergar” desta forma um curso de língua chinesa.
Du
Xiaocong afirmou na altura tratar-se de “um grande progresso no ensino da
língua chinesa em Cabo Verde”.
Recordou
que Cabo Verde e a China assinalam em 2021 os 45 anos do estabelecimento de
relações diplomáticas entre os dois países (25 de abril de 1976) e elogiou a
“política de amizade com a China” do atual Governo, liderado por Ulisses
Correia e Silva, garantindo que Pequim “não poupou esforços” em projetos para
melhorar a vida do arquipélago.
Segundo
informação do Governo cabo-verdiano, o novo campus ocupa uma área de 28000
metros quadrados na zona do Palmarejo Grande, arredores da capital, com um
total de 18 edifícios e 61 salas de aula, 16 laboratórios informáticos, 34
laboratórios e biblioteca com oito salas de estudo, para receber 4890
estudantes e 476 docentes.
Uma
obra que está “à altura da ambição” cabo-verdiana para o ensino superior no
arquipélago, destacou Ulisses Correia e Silva durante a cerimónia de entrega da
obra, sublinhando que representa ainda o “ponto alto” nas relações entre Cabo
Verde e a China, pelo volume do investimento e “qualidade da obra”, mas também
pelo impacto que representará para o futuro da educação no país, em todo os
níveis de escolaridade e gerações.
O
novo campus da universidade pública cabo-verdiana, cuja primeira pedra da obra
foi lançada oficialmente em 20 de junho de 2017, conta ainda com uma residência
de estudantes com 142 quartos e cinco auditórios com capacidade para 150
lugares.
Integra
igualmente um salão multiusos com 654 lugares, edifícios de administração,
edifícios pedagógicos, centro de serviços, incluindo refeitórios, e campos
desportivos.
A
obra vai ainda transformar a área envolvente numa zona de expansão onde se
situa ainda a Universidade Jean Piaget, a Escola de Hotelaria e Turismo, o
Centro de Energias Renováveis e Manutenção Energética, estando previstas outras
infra-estruturas.
Com
14 anos de existência, a Universidade de Cabo Verde tem três polos de ensino,
nomeadamente na Praia e em Assomada, todos na ilha de Santiago, e um na ilha de
São Vicente, com mais de 4000 estudantes, em cursos profissionalizantes,
licenciaturas, especializações, mestrados e doutoramentos. In “Hoje
Macau” - Macau
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