Frei Fernando Ventura, missionário Capuchinho, lançou o projeto “Banco de Leite” de São Tomé e Príncipe, uma missão que tem defendido há mais de 10 anos
“Fui
a São Tomé e Príncipe, há cerca de 11 anos, para dar uma formação bíblica e,
numa de noite à conversa com o bispo, D. Manuel António, ele confessou a
aflição do orfanato, casa dos meninos, só ter leite para aquele mês”, recorda o
religioso.
Entrevistado
pela agência Ecclesia, o missionário contou como regressou a Portugal, “passou
a mensagem” e, passados 10 dias, já tinha a promessa de leite para vários
meses.
“Houve
uma grande reação imediatamente dos Açores, da ilha de São Miguel, onde está
criado e funciona o grupo de “Ilha para Ilha”, veio logo a primeira e grande
ajuda das indústrias leiteiras da zona e por isso costumo dizer que o banco de
leite de São Tomé é filho de São Miguel”, explica.
O
Banco de Leite não parou de crescer e frei Fernando Ventura tem mantido esta
missão como sua e destaca ainda o “Projeto de Desenvolvimento Integrado de
Lemba, nas Neves – S. Tomé e Príncipe”, que teve conhecimento através da
iniciativa.
“O
PDIL – Projeto de Desenvolvimento Integrado de Lemba, nas Neves – S. Tomé e
Príncipe, envolve 1200 crianças e 250 idosos, onde são confecionadas refeições
diariamente, existe cozinha, escola e carpintaria, um trabalho notável e onde
também há a necessidade do leite para as crianças”, conta.
O
Banco de Leite, também atua em Portugal, através da associação Amparo da Criança
– Associação de Solidariedade Social, e, mais recentemente, em Cabo Verde.
“Em
Cabo Verde não fazemos o mesmo tipo de trabalho, resulta de parcerias com
várias organizações, em sintonia com a ‘Synergia’, num trabalho de pedagogia,
onde queremos que esta geração não cresça sem memória, e a aposta é devolver os
avós aos netos e os netos aos avós, através de um trabalho entre gerações”,
resume.
Frei
Fernando Ventura partilhou ainda a esperança de “abrir uma nova frente” na
Guiné-Bissau mas a grande barreira tem sido a “burocracia”. In “Bom dia
Europa” - Luxemburgo
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