A realização do evento, apesar de marcado para os últimos dias de Outubro, tem estado envolto em grande incerteza. O Ponto Final sabe que o mesmo poderá ser adiado para o final de Novembro ou durante Dezembro, sendo esta última a hipótese mais forte. Cancelado, o evento não está. O Instituto Cultural garantiu ao que “está a realizar de forma ordenada os preparativos para o Festival da Lusofonia”
O
Ponto Final sabe que a edição deste ano do Festival da Lusofonia poderá ser
adiada, devido à situação pandémica que se tem vivido no território nos últimos
tempos, para o final de Novembro ou para durante o mês de Dezembro, sendo que a
possibilidade mais forte, neste momento, é mesmo o mês da época natalícia. Nos
próximos dias devem surgir novidades sobre esta situação.
Os
preparativos do evento, que estava agendado para os dias 29, 30 e 31 de
Outubro, continuam. O Ponto Final tem conhecimento de que estão já diversos
serviços adjudicados, artistas contactados, bem como muitas pessoas envolvidas
e canalizadas para o evento. Com a melhoria da situação pandémica no
território, o evento deve mesmo acontecer, mas com a diferença de entre um mês
e meio a dois meses. “Já ouvi esse rumor, sim senhor. Não há uma decisão oficial,
mas parece que vai mesmo para Dezembro”, começou por dizer ao nosso jornal o
presidente da Associação dos Macaenses, Miguel de Senna Fernandes.
Para
o macaense, podia ser também Novembro, “mas ao que parece, o espaço está
ocupado” durante esse mês. “Há muita ansiedade e desalento no ar. O evento não
pode ser cancelado, aliás também não tenho informações nesse sentido. É muito
importante que aconteça em Novembro ou Dezembro. Aliás, o festival já aconteceu
em Novembro, noutros anos. Repare que são já dois anos muito violentos e as
pessoas precisam disto, deste tipo de eventos. É uma forma de desopilar. Um
escape para toda a gente. Só espero é que não seja no Natal”, desabafou o
também presidente da Associação Promotora da Instrução dos Macaenses.
Do
lado da Casa de Portugal, Maria Amélia António mostrou-se surpreendida com a
possibilidade de o evento ser adiado para Dezembro. “Estamos a trabalhar para
que seja já, no final de Outubro”, afirmou ao Ponto Final.
Para
a presidente da agremiação “há muita coisa a acontecer em Dezembro” e “o
calendário é muito complicado”, contudo, se esse for o caminho, a Casa de
Portugal “não vira as costas ao desafio, naturalmente”. “Todos perguntam a
mesma coisa, dia após dia. É natural que podemos estar perante uma situação de
adiamento, devido à situação pandémica, mas estamos a trabalhar normalmente
para as datas consideradas”, assumiu Maria Amélia António.
A
também advogada revelou que tem todas as burocracias “tratadas e assinadas com
o IC” e não tem informação da possibilidade de adiamento do evento, mesmo que
essa possibilidade não lhe suscite surpresa. O que preocupa Maria Amélia
António é o “nervosismo e ansiedade” com que as pessoas andam por causa do
evento. “Há muita coisa em jogo. E Dezembro. Pergunto-me como é que se mete o
festival em Dezembro”, nota.
IC
deve proceder a ajustamentos
De
notar, aliás, que o próprio Instituto Cultural (IC), em resposta enviada ao Ponto
Final, assume que o evento tem vindo a ser preparado, não se colocando, para
já, a hipótese de cancelamento. “O IC tem dado prioridade à segurança da saúde
pública, acompanhando de perto a situação da epidemia e tomando as medidas
adequadas para as actividades culturais e artísticas. Actualmente, o IC está a
realizar de forma ordenada os preparativos para o Festival da Lusofonia,
devendo proceder a ajustamentos concretos de acordo com a situação mais recente
da epidemia. Informações mais actualizadas serão anunciadas ao público
oportunamente”, respondeu a entidade pública, por e-mail, ao nosso jornal.
Recorde-se
que em 2020, já com o território envolto em diversas restrições devido à
pandemia de Covid-19, o festival, realizado com a nata da casa, acabou por ser
um dos que mais gente levou às Casas-Museu da Taipa.
O
evento tem vindo a ser realizado desde o tempo da Administração Portuguesa e
conta com a presença das nove comunidades lusófonas locais: Angola, Brasil,
Cabo Verde, Goa, Damão e Diu, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, São
Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
O
IC já cancelou, entretanto, o Festival Internacional de Música de Macau, mas
eventos como o Grande Prémio de Macau ou o Festival da Gastronomia ainda estão
em cima da mesa para serem autorizados. Aliás, como se pode comprovar ao andar
pela cidade, o percurso do Circuito da Guia já começou a ser preparado. Gonçalo
Pinheiro – Macau in “Ponto Final”
goncalolobopinheiro.pontofinal@gmail.com
Sem comentários:
Enviar um comentário