Díli
– A docente convidada do programa de pós-graduação e pesquisa da Universidade
Nacional Timor Lorosa’e (UNTL), Karin Indart, realçou que o conhecimento da
língua portuguesa no contexto de Timor-Leste “é um desafio, não é uma
dificuldade”.
“Existem
algumas barreiras que precisamos de deixar cair para que a aprendizagem e
aquisição da língua portuguesa sejam mais fáceis para os nossos alunos”,
informou Karin Indart à Tatoli, à margem do último dia da 6.a edição das
jornadas pedagógicas no Museu da Resistência, em Díli.
A docente defendeu ainda
que o problema do ensino da língua portuguesa no país não está no aluno, e sim
na metodologia.
“Eu
acho que é incorreto dizer que os alunos timorenses têm dificuldades em aprenderem
a língua portuguesa, pois conseguem falar várias línguas de outros lugares do
mundo. Talvez a nossa metodologia e abordagem não sejam adequadas ao contexto”,
revelou.
Karin
Indart mostrou-se preocupada com as metodologias do ensino da língua
portuguesa, pois costumam insistir sempre na escrita e na leitura, “sendo que a
leitura é a competência linguística mais baixa para na maioria dos alunos
timorenses. Então, devemos adaptar o método de ensino ao contexto de
Timor-Leste e tentar tornar as nossas aulas, desde o início, muito mais
informais, comunicativas e direcionadas para a oralidade”, frisou.
A
docente sugeriu que, “depois da oralidade é que nós passamos para a questão da
escrita, que é mais difícil para os nossos alunos. Esta é uma forma de mudar a
nossa abordagem metodológica para aproveitar aquilo que os alunos já trazem
para a sala de aula, aquelas competências que são naturais de povos
etnolinguísticos como Timor-Leste”. Afonso do Rosário – Timor-Leste in “Tatoli”
Sem comentários:
Enviar um comentário