A
direção da Confederação Empresarial da Comunidade de Países de Língua
Portuguesa (CE-CPLP) exigiu neste dia 19 a Moçambique a adoção urgente de
medidas contra os raptos que têm ocorrido no país, e sanções exemplares contra
os responsáveis.
“Em
virtude da segurança constituir uma das bases fundamentais na construção e
consolidação da nossa comunidade, somos assim a reclamar das autoridades
competentes, no caso em especial de Moçambique, mas também dos restantes países
da CPLP, a urgente adoção de medidas eficazes que previnam a repetição de
situações semelhantes, bem como conduzam à rápida e satisfatória solução destes
casos, sancionando exemplarmente os seus responsáveis”, lê-se numa carta
enviada ao secretário executivo da CPLP.
Assinada
por todos os representantes da CE-CPLP nos países lusófonos e por todos os
membros da comissão executiva da CPLP, esta nota de ‘Apelo aos países membros
da CPLP contra ondas de rapto em Moçambique’ foi também enviada ao embaixador
representante de Moçambique na CPLP.
No
texto, defende-se que a CPLP “torne patente o seu absoluto e consensual repúdio
por atentados deste tipo que põem em causa o progresso social” e que, para além
disso, prejudica a imagem do país.
“A
segurança, sendo um bem absolutamente fundamental de qualquer nação, torna-se
ainda mais indispensável na atratividade do investimento necessário À criação
de riqueza e emprego, insubstituíveis pilares do desenvolvimento econômico e
social”, lê-se ainda na nota.
Na
semana passada, duas pessoas, um médico e um empresário da área de restauração,
foram raptadas em menos de uma hora na capital moçambicana.
Na
sexta-feira, o filho mais velho do presidente da Confederação Empresarial da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP), o moçambicano Salimo
Abdula, foi raptado, embora este último caso tenha ocorrido na África do Sul,
segundo a imprensa local.
O
Presidente moçambicano anunciou em dezembro a possibilidade de criação de uma
unidade policial anti-raptos para combater a onda de crimes que se regista nas
principais cidades moçambicanas, com mais de 10 casos registados durante 2020.
“Reiteramos
a premente necessidade de se conjugarem desde já todos os esforços, a todos os
níveis, para resolução do caso em apreço, dada a sua exemplaridade, bem como
para estabelecer, de uma forma geral, as medidas políticas, legislativas e de
reforço policial que garantam a segurança de todos os cidadãos e em particular
dos que se encontrem mais expostos, mercê da sua atividade empresarial ou
profissional”, conclui-se no texto enviado à Lusa. In “Mundo
Lusíada” – Brasil com “Lusa”
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