O ministro da Defesa brasileiro, general Fernando
Azevedo, e o ministro da Defesa nacional, João Gomes Cravinho, estiveram juntos
num encontro no Forte de São Julião da Barra, em Oeiras, para debater temas
como o reforço da cooperação bilateral, indústrias de Defesa, assuntos de
Defesa no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e as
participações em missões internacionais
A reunião
entre os dois ministros, que decorreu na passada quarta-feira, 11 de setembro,
é a terceira desde que os governantes assumiram funções e, segundo João Gomes
Cravinho, “demonstram as boas relações entre os dois países”.
“Além
de Portugal ser o nosso berço, o nosso parceiro histórico, o país será a porta
de entrada do KC390 na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), na
Europa, no Médio Oriente”, afirmou o general Azevedo, durante o encontro.
A
reunião aconteceu depois da assinatura, a 22 de agosto, de um “acordo
histórico” entre Portugal e o Brasil para a aquisição, pelo Ministério da
Defesa de Portugal à brasileira Embraer, de cinco aviões militares KC-390, por
827 milhões de euros.
Outro
tema abordado neste encontro foi a possibilidade dos dois países participarem
em missões internacionais.
João
Gomes Cravinho recordou que os dois Estados já têm experiência nesta área,
nomeadamente “a integração de militares brasileiros na missão de formação do
Exército da República Centro Africana”.
“Essa
primeira experiência creio que nos dará lições interessantes como repetir,
desenvolver e alargar para outros planos”, adiantou.
Confrontado
sobre a questão da Amazónia, o ministro da Defesa brasileiro sublinhou que, em
dez anos, o contingente das Forças Armadas passou de 20 mil para 45 mil.
Esta
presença, disse, garante a soberania nessa região que “foi um legado dos
portugueses”. Também o ministro Augusto Heleno defendeu, em entrevista à Lusa,
que a “história da Amazônia deve muito aos militares
portugueses”. In “Revista Port. Com” - Portugal
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