A cerimónia de inauguração do primeiro
curso de Medicina em Macau aconteceu na passada sexta-feira. Foram assinados,
na mesma cerimónia, protocolos entre a MUST e as faculdades de Medicina de
Lisboa e do Porto. A Associação dos Médicos de Língua Portuguesa de Macau e a
Associação de Cardiologia de Macau comprometeram-se a dar apoio ao curso
Tanto
a Associação de Médicos de Língua Portuguesa como a Associação de Cardiologia
de Macau, presidida por Mário Évora, assinaram memorandos de entendimento com a
Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST, na sigla em inglês)
estipulando que as associações se disponibilizam a colaborar com o curso de
Medicina e Cirurgia da instituição. Ao Ponto Final, Mário Évora disse que, com
este curso, que é o primeiro do género no território, Macau tem, pela primeira
vez, a “possibilidade de determinar o padrão de qualidade que quer para os seus
médicos”.
O
conteúdo dos memorandos de entendimento assinados entre a MUST e a Associação
de Médicos de Língua Portuguesa e a Associação de Cardiologia de Macau é
semelhante: os médicos disponibilizam-se a dar apoio ao curso. “Nós
disponibilizámo-nos a colaborar com a faculdade com o que for tido por
necessário e conveniente”, adiantou Mário Évora, presidente da associação de
cardiologistas.
“Podemos
facilitar contactos e disponibilizar ‘know-how’.
A faculdade tem professores convidados – alguns são de fora – mas vai,
necessariamente, precisar de mão-de-obra local e de ‘know how’ local para formar os médicos”, indicou o cardiologista.
Em sentido contrário, também há benefícios para as associações: “Para as
associações, [o benefício] é a possibilidade de nos envolvermos com uma
instituição académica e tentar envolver-nos em linhas de investigação e estudos
clínicos”.
A
cerimónia de inauguração deste curso aconteceu na passada sexta-feira. Segundo
os números facultados por Billy Chan, director do Centro de Educação em
Simulação Médica da MUST, ao Ponto Final, iniciaram as aulas 48 alunos, 79% dos
quais são de Macau. Há também alunos de Hong Kong, Taiwan e do interior da
China.
No
evento de inauguração do primeiro curso de Medicina de Macau estiveram
presentes Fausto Pinto, director da Faculdade de Medicina da Universidade de
Lisboa, Maria Amélia Ferreira, directora da Faculdade de Medicina da
Universidade do Porto, e Elizabete Loureiro, docente no estabelecimento de
ensino do Porto. Além dos memorandos assinados com as duas associações, foram
também assinados protocolos com a Faculdade de Medicina da Universidade de
Lisboa, com a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e com a Peking
University People’s Hospital, na China, no sentido de promover os intercâmbios
entre Macau e as duas instituições portuguesas. Billy Chan adiantou também que
os materiais de ensino chegaram da Faculdade de Medicina da Universidade de
Harvard, nos Estados Unidos da América.
Para
Mário Évora, “a importância deste curso é pela primeira vez Macau ter a
possibilidade de determinar o padrão de qualidade que quer para os seus
médicos”. O cardiologista explicou que o que acontece agora é que há alunos de
Macau a tirar o curso de Medicina no interior da China, em Hong Kong ou em
Portugal e que depois vêm exercer no território. “Há um grupo heterogéneo de
escolas, com nível de qualidade diferente, e depois é preciso harmonizar no
dia-a-dia, na prática, aqui em Macau”. Agora, com um curso de Medicina em
Macau, “há a possibilidade de se determinar em que nível é que se quer pôr a
fasquia”. André Vinagre – Macau in “Ponto
Final”
andrevinagre.pontofinal@gmail.com
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