A edição deste ano da Semana Cultural da China e dos
Países de Língua Portuguesa integra o festival de cinema brasileiro na China,
que passa pela primeira vez por Macau. Além disso, a mostra de teatro
realizar-se-á após a semana de 12 a 18 de Outubro: uma estratégia da
organização de forma a atrair mais visitantes
A
11ª edição da Semana Cultural da China e dos Países de Língua Portuguesa
decorrerá entre 12 e 18 de Outubro, tendo, este ano o Brasil como “convidado de
honra”, indicou ontem o secretário-geral adjunto do Secretariado Permanente do
Fórum de Macau, Rodrigo Brum, durante a conferência de imprensa de apresentação
do evento, acrescentando que nas próximas edições se seguirão outros países.
O
festival de cinema brasileiro, que decorrerá simultaneamente noutros pontos da
China, integra, desta feita, Macau na sua rota e irá prolongar-se até 9 de
Novembro.
A
par disso – e à semelhança do ano passado – os focos artísticos são os mesmos:
música, dança, artes plásticas, teatro, artesanato e gastronomia. A iniciativa
tem um orçamento de cerca de nove milhões de patacas, avançou a coordenadora do
Gabinete de Apoio, Teresa Mok, sendo que cobre os custos com os artistas,
logística, locais e divulgação do evento.
Destaque
para os artistas que viajam de Portugal – a banda “Anaquim”, originária de
Coimbra, que em 2018 lançou o seu quarto álbum de originais, a artesã Andreia
Marques que trabalha com técnicas ancestrais de tecelagem, bem como o colectivo
artístico Primeira Pedra, fundado em 2018.
O
campo da música e dança faz-se ainda de nomes vindos de Angola (Lino Cerqueira
Fialho), Brasil (DJ Dolores), Cabo Verde (DJODJE), China (Circo de Acrobacias
da Província de Hebei), Guiné-Bissau (Josó Manuel, Karina Gomes, Miss Bity e
Eric Daro), Moçambique (Grupo RM), São Tomé e Príncipe (LEGUELÁ) e Timor-Leste
(Voz of Crocodile).
No
que respeita ao teatro, destaque também para o grupo local independente
Associação de Representação Teatral Hiu Kok, fundada em 1975. A mostra de
teatro será deslocada para a semana seguinte ao evento, ou seja, decorrerá
entre 22 e 27 de Outubro no edifício do antigo tribunal. Trata-se de uma
estratégia da organização, pois nos anos anteriores a adesão não foi a desejável
“tanto pela falta de divulgação como também por ocorrer simultaneamente a
outros eventos”, explicou Rodrigo Brum.
“Horizontes
deslizantes” e “Outros olhares” são as mostras do brasileiro Rodrigo Braga e do
guineense António Ferreira Seguy, mais conhecido por CHIPI, que completam a
exposição de artes plásticas na Doca dos Pescadores. Simultaneamente, vinte
jovens artistas locais recordam os 20 anos da RAEM “na poesia e amor únicos de
pinturas inscritas na pluralidade dos temas, das formas, dos próprios artistas”
numa exposição que estará patente na residência Consular de Portugal em Macau.
Como
não podia deixar de ser, a gastronomia também faz parte da iniciativa com
vários chefes dos países de língua portuguesa e Macau a integrarem a actividade
“Sabores do Mundo”. Serão ainda criados grupos de workshop de culinária no
Instituto de Formação Turística e na Universidade de Ciência e Tecnologia de
Macau. Catarina Pereira – Macau in “Jornal
Tribuna de Macau”
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