Os 465 milhões de dólares que o
coordenador residente das Nações Unidas em Angola, Pier Paolo Balladelli, foi
dizer ao Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos
Santos, que estavam disponíveis para combater o flagelo da seca no sul do país,
vão ser aplicados em projectos que permitam anular os efeitos cíclicos da falta
de chuva prolongada no futuro
O
investimento em vários projectos nas províncias da Huíla, Namibe e Cunene,
onde, como o NJOnline tem vindo a noticiar nos últimos anos, resultam da necessidade de
combater os efeitos da desflorestação, das alterações climáticas e da escassez
de represas que permitam reter a água das chuvas, e surgem numa altura em que a
própria ONU admite que já são mais de 1,3 milhões de pessoas a sofrer de forma
severa de falta de alimentos e de água potável, sendo que o problema abrange
toda a África Austral.
Nos
próximos quatro anos, as diversas agências das Nações Unidas vão ter
disponíveis, de forma programada para financiar projectos erguidos a partir da
colaboração com as autoridades angolanas e em conjunto com os projectos já
anunciados pelo Governo, como os de construção de barragens no Cunene, cerca de
465 milhões USD, embora não tenham sido avançados pormenores sobre a origem
deste financiamento, e nem sobre o calendário criado para a sua aplicação, no
encontro da passada quarta-feira, em Luanda, de Pier Paolo Balladelli com
Fernando da Piedade Dias dos Santos. Segundo Balladelli, esta verba não vai ser
aplicada apenas em projectos de efeito imediato para combater a falta de água,
mas sim de forma abrangente em programas educacionais, na área da saúde,
transportes, ambiente... contemplando essencialmente uma dimensão
multissectorial com o objectivo de permitir formar as pessoas mais afectadas
para lidar com os seus problemas.
Segundo
Balladelli, esta verba não vai ser aplicada apenas em projectos de efeito
imediato para combater a falta de água, mas sim de forma abrangente em
programas educacionais, na área da saúde, transportes, ambiente... contemplando
essencialmente uma dimensão multissectorial com o objectivo de permitir formar
as pessoas mais afectadas para lidar com os seus problemas.
Na
linha da frente das prioridades da ONU estão ainda 14 mil famílias das
províncias do Namibe, Cunene, Kuando Kubango e Huíla, que, devido à sua
situação dramática, vão ser alvo de um programa de transferência de verbas de
carácter social estimado em nove milhões de dólares norte-americanos, financiados
pela União Europeia e geridos pelo UNICEF. In “Novo Jornal” – Angola
Sem comentários:
Enviar um comentário