A
indústria de painéis solares poderá sofrer uma revolução a curto prazo, com a
perspectiva de desenvolvimento de uma tecnologia mais eficiente e que parece
relativamente fácil de fabricar. Uma equipa de cientistas da Universidade de
Toledo, nos Estados Unidos, a trabalhar em conjunto com o Departamento de
Energia, afirma ter desenvolvido materiais que, aplicados a painéis solares,
podem aumentar a eficiência da captura de energia de 18% para 23%, isto com
custos de produção potencialmente inferiores aos actuais.
Caso
se confirme a promessa, o mundo poderá em breve ter acesso a painéis solares
capazes de solucionar o problema energético: a queima de combustíveis fósseis
continua a ser a forma mais barata de produzir electricidade, mas tem fortes
impactos, nomeadamente na produção de gases com efeito de estufa.
A
equipa americana, liderada por Yanfa Yan, publicou na Science resultados de uma
investigação que afinou a fórmula química e os processos de fabrico de um novo
material, que o grupo já estudava há vinte anos. As novas células solares serão
produzidas em filmes muito finos à base de um mineral (perovskita), cuja
estrutura cristalina torna mais fácil a transformação de luz em electricidade.
Actualmente, nas células solares é usada sílica, material comum e barato, mas
que já foi levado aos limites da sua eficácia. Esta equipa já tinha
desenvolvido técnicas que permitiam usar todo o espectro de luz associando duas
células diferentes.
Estando
garantido o aumento da eficiência e o custo, persiste uma incógnita: qual é a
longevidade das novas células fotovoltaicas? Se persistem dúvidas sobre a
estabilidade, também será necessário solucionar eventuais dificuldades de
reciclagem: a fórmula inclui quantidades de estanho e chumbo e este último
coloca problemas ambientais. In “Executive Digest” - Portugal
Sem comentários:
Enviar um comentário