A
Universidade de Carabobo (oeste de Caracas) vai formar, à distância,
professores de português da Colômbia, Chile, Peru e Argentina, ao abrigo de um
protocolo de cooperação com o Camões – Instituto de Cooperação e da Língua.
O
anúncio foi feito pelo coordenador do Ensino de Língua e Cultura portuguesa na
Venezuela, Rainer Sousa, no Centro Português de Caracas, onde decorreu o I
Encontro de Estudantes do 1.º Diplomado do Curso de Português como Língua
Estrangeira, da Venezuela.
“Já
estão a decorrer as pré-inscrições, para começar em setembro (na segunda
semana) e (além de venezuelanos) há outro grupo de interessados, nomeadamente
pessoas da Colômbia, Chile, Peru e Argentina, que já pediram também para fazer
o diplomado”, acrescentou.
Em
declarações à agência Lusa, o coordenador do ensino, explicou que o diplomado,
que forma professores de português à distância “é uma boa oportunidade para
avançar”.
“Não
podemos ter bons alunos de português se não tivermos melhores e mais professores
de língua portuguesa”, frisou.
Relativamente
ao 1.º Diplomado do Curso de Português, explicou que foi uma iniciava da
coordenação do ensino e que permitiu formar duas dezenas de professores,
localmente e à distância.
“Foi
uma iniciativa para ajudar todas aquelas pessoas que ensinam português na
Venezuela, mas que não possuem credenciais para fazê-lo e têm muitos anos de
experiência, através de um protocolo de cooperação assinado no ano passado pelo
embaixador Luís Alfaro Ramos presidente do Instituto Camões e a Universidade de
Carabobo”, disse.
O
protocolo, explicou, permitiu que dentro do seu programa a Universidade de
Carabobo (170 quilómetros a oeste de Caracas) pudesse oferecer um curso à
distância, ‘online’, para todas as
pessoas que falam e escrevem português e que gostariam de dar aulas de
português.
“Realizámos
o primeiro encontro, para nos conhecermos, trocarmos impressões, ouvir críticas
construtivas em relação a este projeto que é completamente à distância e também
avaliar até que ponto os estudantes estão a desfrutar e usufruir dos
conhecimentos que lhes são dados”, explicou.
O
responsável explicou que o diplomado tem vários módulos: “o cultural, que se
chama introdução às culturas lusófonas e uma introdução ao ensino do português
para falantes de espanhol, uma vez que o diplomado está dirigido a professores
ou futuros docentes de língua portuguesa, que desenvolvem o seu trabalho em
países de língua espanhola”.
Há
também as áreas das didáticas e da aplicação das novas tecnologias ao ensino do
português.
Segundo
Rainer Sousa, “os estudantes, neste caso os professores ou pessoas que aspiram
poder dar aulas na Venezuela, com certificações da Universidade de Carabobo,
têm que preparar uma unidade didática dirigida a um curso de português língua
estrangeira ou de português língua de herança, ou de português com fins
específicos (profissionais), para um público de língua espanhola”.
Sobre
os desafios do 1.º Diplomado explicou que foram “bastante complicados”, entre eles
“os apagões elétricos” na Venezuela, “que afetaram as plataformas de ensino ‘online’”.
“No
entanto, com a professora Maria Teresa, que é minha colega, tivemos a ideia de
usar os recursos da web, do Google, e outras ferramentas que estão à
disposição, quando a plataforma não funciona, para fazer chegar aos estudantes
os materiais”, adiantou.
Rainer
Sousa frisou ainda que não ficaram “parados por causa desses problemas” e que
continuam a existir dificuldades como falhas da internet, “mas o grupo está muito
motivado”, garantiu. In “Mundo Português” – Portugal com “Lusa”
Sem comentários:
Enviar um comentário