Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Moçambique - Pedro Mourana: “A arte não pode ser algemada”



Está patente desde a passada sexta-feira, 20 de Setembro, no Espaço Cultural Moçambique Telecom (Tmcel), localizado no recinto do IFT - Instituto de Formação das Telecomunicações, a exposição intitulada “Eterno Recomeço”, alusiva aos 40 anos de carreira do artista plástico moçambicano Pedro Mourana, ou simplesmente PMourana.

A exposição, que está patente até o próximo dia 20 de Outubro, representa os 40 anos de percurso do PMourana, que diz ter sido de muito aprendizado. Nas obras, os amantes das artes podem encontrar uma diversidade de temas abordados pelo artista, particularmente a mulher e as suas ramificações.

“Falo da mulher mas o homem está lá incluído porque é a mulher que nos traz ao mundo. É uma exposição que fala de temas sociais. Fala da valorização do trabalho do homem, do trabalho que é ignorado e de pessoas que tiveram bons feitos”, explica o artista.

Relativamente ao seu percurso, PMourana diz ter sido feito por períodos difíceis, principalmente na década de 1980, no que diz respeito aos aspectos materiais, bem como à percepção do público e da crítica.

“A arte não pode ser algemada. O público tem que perceber que o artista tem que ter espaço, não pode estar confinado. Ele precisa de estar livre de se expressar da maneira que preferir e que melhor conhece. Foram períodos difíceis, mas fomos crescendo, o País também cresceu. Enfim, cá estamos”, sublinha PMourana, cuja exposição conta com o apoio da Tmcel.



Na cerimónia de inauguração da exposição, o presidente do Conselho de Administração da Tmcel, Mahomed Rafique Jusob, referiu que, ao prestar este apoio, a empresa está a contribuir para a elevação e valorização da cultura, em particular as artes plásticas, na sociedade.

“Não podemos falar da cultura sem falar de uma sociedade, de um povo e da identidade moçambicana. São valores que estão reflectidos na imagem corporativa da Tmcel pois acreditamos no legado que os seus feitos deixam para as gerações vindouras”, considerou Mahomed Rafique Jusob, para quem o sector da cultura constitui uma ferramenta fundamental no processo de desenvolvimento socioeconómico do País.

Por seu turno, o representante do Ministério da Cultura e Turismo, Fernando Fanheiro, afirmou que o Estado está a trabalhar com as associações e núcleos com vista à valorização dos artistas e da cultura.

“Não se sintam abandonados pelo Estado e pelo Governo, há coisas que estão a ser feitas, e muito brevemente colheremos os frutos”, assegurou Fernando Fanheiro, que aproveitou a ocasião para felicitar PMourana pelos 40 anos de carreira e pela exposição. In “Olá Moçambique” - Moçambique

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