O
Instituto de Formação Profissional e Estudos Laborais Alberto Cassimo (IFPELAC)
assinou, na quinta-feira, 26 de Setembro, um memorando de entendimento com a M2
Engineering Academy, da África do Sul, com vista ao estabelecimento de
mecanismos de cooperação entre as duas instituições, no domínio da formação
profissional e inserção dos formandos no mercado de trabalho.
O
memorando tem como objectivos a garantia do acesso às acções de formação
profissional adequada às necessidades do mercado de trabalho, o fortalecimento
da gestão dos centros de formação profissional e unidades móveis, a criação de
capacidades para o reconhecimento nacional e internacional das competências
adquiridas, a implantação do modelo dual de formação nos centros do IFPELAC,
entre outros.
Para
o efeito, caberá ao IFPELAC indicar o pessoal necessário para a implementação
das actividades previstas no memorando, prestar assistência para o
desenvolvimento dos trabalhos, ceder a gestão de um dos centros como piloto à
M2 Engineering Academy, bem como disponibilizar formadores e gestores para
serem capacitados pela sua contraparte.
Por
seu turno, a M2 Engineering Academy terá a responsabilidade de elaborar estudos
de viabilidade detalhados sobre os programas requeridos pelo mercado, alocar
unidades de formação móveis e apoiar na sua gestão, gerir o centro de formação
profissional-piloto, transferir o know-how para a parte moçambicana, apoiar a
certificação internacional dos centros de formação do IFPELAC e implementar as
melhores práticas das suas operações na África do Sul, incluindo o sistema
electrónico de gestão (M2 Hut).
Para
a ministra do Trabalho, Emprego e Formação Profissional (MITESS), Vitória
Diogo, que dirigiu a cerimónia de assinatura do memorando, a parceria entre o
IFPELAC e a M2 Engineering Academy deve contribuir para a elevação das
competências e capacidades do sector nos domínios técnicos e de gestão,
concorrendo, desse modo, para a certificação internacional dos centros de
formação profissional de modo a responder às necessidades do mercado.
“As
duas instituições vão partilhar as suas valências, contribuindo para a
certificação profissional com vista a enfrentar a demanda das empresas, que se
mostra cada vez mais selectiva”, disse a ministra.
Na
ocasião, Vitória Diogo referiu que o País formou, através dos centros de
formação profissional públicos e privados, cerca de 715 mil cidadãos, na sua
maioria jovens, durante o quinquénio 2015-2019.
Já
o director executivo da M2 Engineering Academy, Mayileni Makwakwa, realçou a
importância desta parceria, que, na sua opinião, vai ajudar os jovens a tirarem
proveito das oportunidades existentes no mercado e a tornarem-se
auto-suficientes, através do auto-emprego.
Na
sua intervenção, Mayileni Makwakwa apontou a falta de certificação
internacional como um obstáculo à formação profissional no País, o que dá a
falsa percepção de que os seus cidadãos não são competentes.
“Não
é verdade. Os moçambicanos são muito competentes. Se forem para a África do
Sul, vão notar que uma boa parte dos técnicos que trabalham em grandes empresas
e indústrias são moçambicanos. Eles têm conhecimento”, sublinhou o director
executivo da M2 Engineering Academy. In “Olá Moçambique” - Moçambique
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