A Associação de Estudos da Cultura Macaense organiza este sábado, na Escola Portuguesa, um workshop de teatro em patuá destinado a jovens dos 8 aos 19 anos, divididos em dois níveis consoante o escalão etário. Esta é a primeira grande actividade da recém-formada associação, presidida por Elisabela Larrea. A responsável diz que o objectivo é divulgar aquela língua e a cultura macaense e no futuro fazer outros eventos, para crianças ou adultos, de música ou literatura, mas sempre com o patuá como foco principal. A associação já iniciou a exibição de “podcasts” no Facebook, abordando temas como o “significado cultural por trás do minchi” ou a “história do arraial de São João”
O
patuá vai estar em foco este sábado na Escola Portuguesa de Macau (EPM), num workshop
organizado pela Associação de Estudos da Cultura Macaense (MACRA na sigla em
inglês), destinado a jovens e dividido em dois escalões etários. Um entre os 8
e os 12 anos de idade, das 14:30 às 16:30, e outro para mais velhos, entre os
13 e os 19 anos, das 16:45 às 18:45. Ambas as sessões serão ministradas em
cantonês, mas com apoio da língua inglesa, “porque queremos abranger todas as
comunidades, ou seja, todos os que querem saber mais sobre o patuá e a cultura
macaense”, referiu a presidente da MACRA ao Jornal Tribuna de Macau.
O
evento conta com o apoio de alguns elementos do grupo Dóci Papiaçám di Macau
que “tanto tem divulgado o patuá ao longo dos anos”, destaca Elisabela Larrea.
Esta
é a primeira grande actividade da associação fundada oficialmente em Novembro
de 2022 e que na prática começou a funcionar em Janeiro deste ano, com o
intuito de “continuar a fazer a promoção do patuá”.
O
tema do workshop é “Learn Patuá via Theatre” (“Aprender Patuá via Teatro”),
porque “queremos promover mais o teatro”, frisou a líder da associação. Mas,
acentuou, a MACRA pretende “estender a divulgação do patuá à música ou à
literatura, tanto para crianças como para adultos”.
Até
agora, no seu curto percurso, a Associação de Estudos da Cultura Macaense fez
dois “podcasts”, vídeos colocados no Facebook e versando diversos
assuntos de interesse para a comunidade macaense. O primeiro teve como tema
“Minchi: com ou sem ovo”, não no sentido de falar da receita propriamente dita,
mas analisando o significado cultural que se encontra por detrás deste prato
tanto do agrado dos macaenses e não só. “É uma forma de falar também de
identidade”, declara Elisabela Larrea.
O
segundo “podcast” foi sobre o “Arraial de São João” e a sua história,
uma vez que se trata de uma das mais importantes festas da comunidade macaense.
As
sessões são faladas em várias línguas, conforme os intervenientes, em cantonês,
português ou inglês, “porque também aqui queremos abranger todos e até às vezes
é tudo misturado, reflectindo de facto a maneira de falar da comunidade”,
destaca a presidente da MACRA, garantindo que estes “podcasts” vão
continuar, “provavelmente depois das férias, porque há muitas pessoas que se
ausentam de Macau nesta altura”. A história do hóquei em campo e da Tuna
Macaense serão os próximos temas. Vítor Rebelo – Macau in “Jornal
Tribuna de Macau”
Sem comentários:
Enviar um comentário