Díli - Os deputados do Parlamento Nacional (PN) lamentaram o falecimento do historiador português José Mattoso. O plenário assumiu por unanimidade um voto de pesar que manifestou também os contornos de uma homenagem à sua memória pela importância que o falecido teve na historiografia em geral e pela contribuição específica que legou a Timor-Leste.
A
Presidente do PN, Maria Fernanda Lay, reconheceu a contribuição de José Mattoso
para a história de Timor-Leste e segundo a parlamentar, “o saudoso merece um voto
de pesar do Parlamento Nacional timorense”.
Também
o Presidente da bancada do Partido Democrático (PD), António da Conceição,
“Kalohan”, destacou que, após o referendo do país, José Mattoso contribuiu para
a história de Timor-Leste através da formação de recursos humanos timorenses,
bem como via obras publicadas que levantaram vários aspectos da história
contemporânea timorense. “O professor colaborou com o Estado timorense e trouxe
alguns professores portugueses para que formassem os nossos professores”,
afirmou.
Virgínia
Ana Belo, secretária de mesa do PN, referiu que José Mattoso era um homem
intelectualmente brilhante e incansável historiador, acrescentando que aquele
“nutria um carinho especial por Timor-Leste, que visitou várias vezes. O seu
nome jamais será esquecido. A sua memória ficou presa nos nossos corações”.
Recorde-se
que José Mattoso, falecido no dia 08 de julho, foi um reputado historiador
português, que se especializou em história medieval, deixando um legado de
várias dezenas de livros publicados.
José
João da Conceição Gonçalves Mattoso nasceu a 22 de Janeiro de 1933 e dedicou
uma parte do seu trabalho ao estudo da história de Timor-Leste, tendo
contribuído entre 2000 e 2005, para a recuperação dos arquivos do país, em
particular do movimento de resistência ao invasor indonésio. Produziu, neste
domínio, uma biografia, A Dignidade: Konis Santana e a Resistência Timorense.
Domingos Freitas – Timor-Leste in “Tatoli”
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