Uma campanha de solidariedade em Macau angariou perto de 30 mil patacas para a construção de uma minibiblioteca na escola Matchik-Tchik, em Moçambique, disse ontem à Lusa a associação local responsável pela iniciativa. A primeira tranche do valor angariado no evento “Moçambique: um conto solidário”, organizado pela Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa (ACLP), seguiu na segunda-feira para Maputo, capital moçambicana.
“Nesta
primeira tranche transferimos cerca de 11300 patacas para suportar os custos do
arquitecto e a compra do material necessário para se arrancar com a obra”,
notou a presidente da Somos-ACLP, Marta Pereira.
O
envio do restante montante vai ser efectuado à medida que as obras forem
avançando. Para erguer a minibiblioteca na escola primária, deverão ser
necessárias cerca de 28 mil patacas, estimou a responsável, realçando que “há
sempre alterações e imprevistos”.
“Gostaríamos
de ajudar com a compra de secretárias e a remodelação das instalações
sanitárias. Todavia auscultámos os professores da escola e outros agentes
intervenientes neste processo e, desde o início, a escolha recaiu sobre a
estrutura da minibiblioteca”, acrescentou Marta Pereira, notando que o espaço
de leitura não vai servir apenas as crianças do estabelecimento de ensino, mas
a zona que este serve, o bairro de Polana Caniço.
A
Somos-ACLP, que está a trabalhar no projecto com a associação cultural
moçambicana Hodi Maputo Afro Swing, calcula que a biblioteca esteja concluída
antes do início do próximo ano lectivo. “Seria um grande arranque para todos os
meninos e professores daquele bairro de Moçambique”, referiu a presidente da
associação.
Em
2020, a Somos-ACLP lançou uma campanha de solidariedade com vista a apoiar
crianças desfavorecidas em São Tomé e Príncipe na compra de material escolar.
No
ano seguinte, a ajuda iria chegar às mulheres da Guiné-Bissau, mas “a pandemia
trocou as voltas” e o projecto acabou por não avançar. O objectivo passava por
“ajudar com roupa ou pensos higiénicos reutilizáveis meninas de casas de
acolhimento, contraceptivos para meninas deficientes”, além de “alimentação
para mulheres que trabalham na escavação de pedras e na apanha de areias para
sustentar famílias, nas zonas rurais”.
À
Lusa, Marta Pereira diz que gostaria de recuperar a ideia para a próxima
“iniciativa solidária”, em 2024. In “Jornal Tribuna de Macau” – Macau com “Lusa”
Sem comentários:
Enviar um comentário