A União Astronómica Internacional (UAI) atribuiu a um asteroide o nome do astrofísico Pedro Machado, que se tornou o segundo português a “brilhar” no céu noturno
O
asteroide “2001 QL160”, ou melhor, o “asteroide 32599 Pedromachado” tem quase
três quilómetros de diâmetro e demora quatro anos e meio a dar uma volta ao
Sol, revelou esta quinta-feira o Instituto de Astrofísica e Ciência do Espaço
(IA), ao qual pertence o cientista.
Pedro
Machado é investigador do IA e professor da Faculdade de Ciências da Universidade
de Lisboa (Ciências ULisboa) e foi homenageado pelo Grupo de Trabalho para a
Nomenclatura de Pequenos Corpos (WGSBN), da União Astronómica Internacional
(UAI), com a atribuição do seu nome a um asteroide.
O
anúncio foi feito na Conferência de Asteroides, Cometas e Meteoros, que
decorreu em Flagstaff, no Arizona, EUA, e foi publicado no Boletim do WGSBN.
Pedro
Machado é especialista em atmosferas planetárias, mas este é um reconhecimento
pelo seu contributo noutro domínio de estudo do Sistema Solar: a deteção e
caracterização de asteroides e de outros objetos que se encontram para além da
órbita de Neptuno, chamados transneptunianos.
Em
alguns casos, este trabalho cruza o estudo das atmosferas, pois envolve o
estudo das regiões de transição entre a atmosfera e o espaço exterior, as
chamadas exosferas, nas quais são perdidas partículas para o espaço, adianta o
IA.
Em junho de 2021, o astrofísico português Nuno Peixinho viu também o seu nome a batizar um asteroide descoberto a 16 de setembro de 1998, numa campanha de observações do Observatório de Lowell, nos Estados Unidos.
Anteriormente
designado por “(40210) 1998 SL56”, o asteroide passou a chamar-se “(40210)
Peixinho”, por decisão também do Grupo de Trabalho para a Nomenclatura de
Pequenos Corpos da União Astronómica Internacional, organização dirigida na
altura pela astrónoma, também portuguesa, Teresa Lago.
A
proposta de nomeação do asteroide partiu do observatório norte-americano.
O
“Peixinho” é um corpo rochoso que pertence à Cintura de Asteroides, entre as
órbitas de Marte e Júpiter, e orbita o Sol a uma distância média três vezes
superior à que separa o Sol e a Terra, completando uma órbita em cerca de 5,3
anos. In “Bom dia Europa” - Luxemburgo
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