Bissau – O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e da Coligação Pai Terra Ranka, disse estar preparado para um novo desafio na sua carreira política.
Domingos
Simões Pereira fez estas declarações à DW-África, na qual considerou ainda de
uma grande responsabilidade e também de privilégio, acrescentando que, porque
quem é militante e dirigente de um partido, sobretudo na condição de
Presidente, tem de estar preparado para missões.
“E
eu estou preparado para isso. Espero ter capacidade e competência necessária
para poder traduzir isso em sucesso", acrescentou Simões Pereira.
Para
o sociólogo Diamantino Lopes ao falar à DW-África, a nomeação de Domingos
Simões Pereira para a mesa da Assembleia Nacional Popular "faz todo o
sentido, à luz do passado", justificando que é uma tentativa de garantir a
estabilidade governativa via Parlamento.
"Uma
figura como Domingos Simões Pereira que lidera uma coligação com 54 mandatos no
Parlamento, pode fazer alguma diferença", destacou.
De
acordo com o mesmo órgão, o jornalista Armando Lona vê outros motivos por trás
da decisão da Plataforma da Aliança Inclusiva, afirmando que com esta decisão,
Simões Pereira acabará por beneficiar de "mais uma proteção
política", sustentando que o líder do PAIGC enquanto Presidente da ANP
terá outro tipo de tratamento.
"Domingos
Simões Pereira não conseguia deslocar-se ao estrangeiro, era sistematicamente
impedido. Portanto, enquanto Presidente da Assembleia Nacional Popular, ele
teria outro tipo de tratamento", frisou o jornalista Armando Lona.
No
que tange aos desentendimentos passados entre Domingos Simões Pereira e o
Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló o sociólogo Diamantino Lopes não
considera que a população tenha razões para ficar dececionada, sustentando que
estando o Simões Pereira no parlamento está a responder à expetativa do povo e
aos seus anseios.
O
Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, que durante a campanha eleitoral
disse que não nomearia Domingos Simões Pereira para o cargo de
primeiro-ministro, voltou atrás na decisão e já disse em várias ocasiões que,
caso o líder partidário fosse proposto para o cargo, dar-lhe-ia posse para
trabalharem juntos.
Segundo
o jornalista Armando Lona, agora que Simões Pereira foi indicado para a
presidência do Parlamento, o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló não
sai bem do "episódio".
"Há
uma contradição e, politicamente, o Presidente da República terá de pagar a
fatura", sublinha o Lona.
A
investidura dos 102 novos deputados da nação está marcada para quinta-feira,
dia 27 do mês em curso. In “Agência de Notícias da Guiné” – Guiné-Bissau com “DW”
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