Cidade da Praia – O ministro da Cultura de Cabo Verde, em representação dos países da CPLP, manifestou, durante a 64ª Reunião dos Estados Membros da OMPI, a vontade de ver o português como a língua de pleno trabalho desta organização internacional
Abraão
Vicente manifestou essa intenção a partir de Genebra (Suíça) onde se encontra a
participar da 64ª Série das Reuniões das Assembleias dos Estados Membros da
Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), que acontece de 06 a 14
do corrente mês.
A
razão deste pedido, sustentou, em comunicado, justifica-se por a língua
portuguesa ser a quarta mais falada no mundo, a quinta com o maior número de
internautas, a língua mais falada no hemisfério sul, e ainda pelo facto da
Comunidade dos Países de Línguas Portuguesa (CPLP) ser formada por nove países
que também são Estados Membros da OMPI.
“Mais
de 278 milhões de pessoas falam o português em nove países e quatro
continentes, com projeções indicando que esse número chegará a 380 milhões até
2050”, precisou o ministro.
No
seu discurso, o governante informou que a CPLP pretende promover uma discussão
alargada e baseada em evidências sobre a introdução de novos idiomas em todos
os sistemas da OMPI, incorporando metodologias e critérios claros.
Factores
como o número de usuários esperados de um idioma específico, com base na actividade
de arquivamento actual e projetada, devem ser levados em consideração, conforme
Abraão Vicente, que prometeu “compromisso inabalável” ao director geral da OMPI
de promover o multilinguismo e elevar o status da língua portuguesa dentro da
organização.
A
Assembleia Geral da OMPI havia decidido durante a sessão de Setembro de 1999,
que o português seria usado como língua de trabalho em todas as actividades de
treinamento da OMPI envolvendo países de língua portuguesa, e desde Outubro de
2000 que permite que os discursos durante as reuniões de assembleias sejam
elas, também em português. In “Inforpress” – Cabo Verde
.
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