O Governo timorense aprovou contratos no valor de quase 79 milhões de dólares com empresas indonésias para a conceção e construção da pista, ‘taxyway’, torre de controlo e parqueamento de aeronaves no Aeroporto de Díli, foi anunciado
Os
dois contratos de aprovisionamento, um no valor de 72,5 milhões de dólares (65,6
milhões de euros) e outro no valor de 6,25 milhões de dólares (5,65 milhões de
euros) foram aprovados numa deliberação do Conselho de Ministros, a que a Lusa
teve acesso.
A
deliberação adjudica o maior contrato, de conceção e construção da pista,
‘taxyway’, torre de controlo e zona de parqueamento de aeronaves do Aeroporto
Internacional Presidente Nicolau Lobato (AIPNL) à empresa indonésia PT. Waskita
Karya (Persero) Tbk.
O
serviço de gestão do projecto de desenvolvimento do aeroporto foi adjudicado,
por seu lado, a um consórcio das empresas indonésias PT. Amythas e PT Meinhardt
EPCM Indonesia.
Na
deliberação explica-se que a concessão dos contratos surgiu depois de concursos
públicos internacionais, com três propostas apresentadas para o maior projeto e
cinco para o segundo.
O
projecto de ampliação e construção no AIPNL seguirá “um modelo híbrido de PPP
[parceria público-privada], dada a natureza do mecanismo de financiamento que
envolve múltiplas fontes de financiamento, como empréstimos, subvenções e o
Orçamento do Estado”. “A complexidade deste mecanismo de financiamento exige
uma melhor coordenação entre os doadores, a fim de evitar o desperdício de
recursos e a duplicação de trabalho”, destacou o ministro das Finanças, Rui
Gomes.
Para
a primeira fase do projeto, Timor-Leste assinou um empréstimo de 135 milhões de
dólares (126 milhões de euros) do Banco Asiático de Desenvolvimento. O Governo
australiano, por seu lado, assinou um acordo de financiamento no valor global
de 73,4 milhões de dólares norte-americanos (69,6 milhões de euros) para obras
no Aeroporto de Díli.
Esse
acordo com Camberra engloba uma contribuição financeira da Austrália a
Timor-Leste, no valor de 28,3 milhões de dólares (26,8 milhões de euros), e a
contratação de um empréstimo no valor de 45 milhões de dólares (42,7 milhões de
euros), com um período de maturidade de 25 anos.
O
apoio australiano destina-se, especialmente, ao desenho técnico, ao aprovisionamento
e à construção de várias estruturas necessárias para as operações
aeroportuárias, bem como assistência técnica para a aplicação do projeto.
Para
o projecto foi ainda concretizado um apoio de cerca de 40 milhões de dólares
(37 milhões de euros) da agência de cooperação japonesa JICA, para a construção
do novo terminal aeroportuário.
O
Governo de Timor-Leste injetará 17,5 milhões de dólares (16 milhões de euros)
para cofinanciar algumas atividades, incluindo compensações às famílias
afetadas pelo projeto, serviços de consultoria e obras de demolição, entre
outras.
Rui
Gomes considerou que este é um “projecto de elevado impacto que irá tocar
diretamente e mudar muitas vidas deste pequeno estado insular e construir as
suas capacidades para poder alcançar o sonho a longo prazo de se tornar um país
moderno e próspero”.
Antes
da pandemia, o aeroporto de Díli recebia anualmente 200 mil passageiros, número
que o Governo espera ver aumentar para um milhão por ano, até 2050, indicou. As
obras de melhoria vão permitir a Díli receber aviões maiores, com mais
capacidade de carga e de passageiros, “incluindo para bens de alto valor, bem
como para armazenamento em cadeia fria”, além de “instalações modernas de
quarentena para permitir a Timor-Leste enfrentar ameaças emergentes de
biossegurança para a região”. In “Ponto Final” - Macau
Sem comentários:
Enviar um comentário