A afirmação partiu do presidente do Conselho de Administração do BNU, que está de visita a Macau onde assistiu à cerimónia de reabertura da renovada agência sede do banco de matriz portuguesa. José João Guilherme revelou que é esse o desejo da casa-mãe, a Caixa Geral de Depósitos, instituição cujo capital social do BNU pertence na totalidade
O
presidente do Conselho de Administração do Banco Nacional Ultramarino (BNU)
desejou, numa breve declaração aos jornalistas, que a Caixa Geral de Depósitos
(CGD) enquanto accionista único do BNU em Macau “continua apostada em estar,
pelo menos, mais 120 anos em Macau”. A afirmação de José João Guilherme foi
feita à margem da cerimónia de reabertura da renovada agência sede, que sofreu,
nos últimos meses, obras de melhoria.
Também
no final da cerimónia, o presidente da Comissão Executiva do BNU admitiu à comunicação
social que existem fortes possibilidades de empresas portuguesas investirem na
Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, na sequência
da recente visita do Chefe do Executivo da RAEM, Ho Iat Seng, a Portugal.
Carlos
Cid Álvares classificou a visita como “muito positiva” e, à semelhança do que
disse José João Guilherme, revelou que “a CGD dá grande apoio à continuidade da
actividade bancária do BNU em Macau”, ao mesmo tempo que considera que a
economia local, em rumo pós-Covid-19, “está a dar sinais de recuperação”,
apesar de admitir que essa recuperação não se consegue ver de um dia para o
outro. “O aumento de turistas nas ruas de Macau acaba por reflectir-se na
confiança das pessoas.”
A
renovação da agência esteve a cargo de uma equipa de projecto liderada pela
OBS-Arquitectos em colaboração com a Impromptu Projects, a quem se juntou a
Tecproeng Macau como consultores de sistemas eletromecânicos e eléctricos,
sistemas de segurança contra incêndios e HVAC sistemas, Resonance Engineering
Consultancy Ltd para sistemas de comunicação e equipamentos audiovisuais, CHUBB
para sistemas de segurança, CESL Asia na gestão de projectos e Ng Kam Kee
Constructions para a execução.
Durante
a cerimónia de abertura, o presidente da Comissão Executiva do BNU, Carlos Cid
Álvares, explicou que o conceito por detrás da proposta de design de interiores
“é inspirado no emblemático isotipo do BNU, a icónica caravela, que representa
o espírito aventureiro português e uma abordagem multicultural”. “Da mesma
forma que, em 1997, a ampliação da sede se materializou com uma pegada moderna
utilizando o revestimento de vidro no topo do prédio colonial existente, esta
renovação do interior da agência que aqui vemos hoje mantém a herança
simbólica, transformando-a na base estrutural da própria caravela. Os
tradicionais cascos de madeira, são modernizados com perfis brancos que unem
todo o design do lobby, e que permitem ter um espaço dinâmico e que transmite a
sensação de mobilidade e evolução nos tempos modernos. Como a era digital é
composta por fibra óptica e rede sem fio para conectar o mundo, os materiais
foram escolhidos propositadamente para proporcionar aos nossos visitantes uma
sensação de leveza, utilizando a identidade da marca BNU, o branco e o azul
ultramarino”, disse o responsável.
Com
120 anos de história ao serviço de Macau e da comunidade, o BNU “pauta-se por
uma estratégia de proximidade e de foco no cliente, na qual a modernização e
inovação dos serviços desempenham um papel crucial”. “Com este propósito, o BNU
renovou a sua agência sede e tem o prazer de trazer aos cidadãos de Macau um
novo espaço, com uma disposição moderna e funcional, que, aliado ao
profissionalismo e conhecimento da equipa do BNU, irá certamente proporcionar a
melhor experiência bancária”, disse Cid Álvares durante o seu discurso na
cerimónia de reabertura, sublinhando que “a fachada histórica integra agora com
um interior moderno, resultando numa verdadeira simbiose entre o passado e o
futuro, e que procura acompanhar as tendências de design da era digital”. Gonçalo
Pinheiro - Macau in “Ponto Final”
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