Angola
e Gabão acolhem um novo estudo apoiado pela ONU e que pretende expor a
quantidade de metano que escapa dos poços petrolíferos no litoral. Com a
Nigéria, os dois países ocupam o topo dos principais produtores de petróleo na
África.
A
análise é do Observatório Internacional de Emissões de Metano do Programa das
Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma. A meta é cobrir a lacuna regional da
“falta de dados sobre emissões no setor de petróleo e gás”.
Aquecimento global
O
metano tem potencial de aquecimento global mais de 80 vezes maior que o do
dióxido de carbono, chegando a durar até 20 anos após a libertação na
atmosfera.
A
emissão deste gás de efeito estufa pode ocorrer nos estágios da produção,
exploração, extração, transporte e armazenamento do produto. Existem fugas de
equipamentos como válvulas, bombas e tubulações durante o transporte e
armazenamento de gás natural.
A
agência da ONU destaca que a redução das emissões de metano é uma das medidas
mais eficazes a ser tomada pelo setor energético para ajudar a enfrentar a
crise climática.
Os
alvos de redução do Acordo de Paris não podem ser atingidos sem o corte das
emissões de metano em 40%-45% até 2030, destaca o Pnuma. Para a agência, é
necessário ser preciso no alcance desta meta.
Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas
Em
2021, o Pnuma lançou o Observatório Internacional de Emissões de Metano para
ajudar a acelerar as reduções até 2030 limitando o aquecimento a 1,5°C ou 2°C,
como prevê o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas.
A
agência defende uma ação pelo clima baseada em dados empíricos com uma atuação
mais produtiva.
Outra
recomendação é que os investimentos e ações tenham como foco o que causa essas
emissões.
O
Pnuma defende que baixar o uso de combustíveis fósseis, atuar na agricultura e
nos resíduos poderiam ajudar a alcançar todas as reduções de metano e evitar
quase 0,3°C de aquecimento até 2050.
Para
tal, a agência sugere que o setor energético, com ênfase para a produção de
petróleo, gás e carvão, dispõe de soluções técnicas disponíveis a custo baixo e
até negativo. ONU News – Nações Unidas
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