Goiânia – Pesquisa
encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e desenvolvida pelo
Instituto FSB mostrou que 68% de 500 indústrias de pequeno porte (de 10 a 49
empregados) consultadas não possuem área de inovação e 76% não têm orçamento
específico para inovação nem profissionais dedicados exclusivamente a esse fim.
Isso mostra que essas empresas, na maioria, não têm estrutura para tornar a
inovação uma atividade contínua.
A pesquisa apontou ainda que
78% das empresas sentiram impacto da pandemia de coronavírus (covid-19) sobre
seus negócios e que pelo menos 27% foram muito prejudicadas. Para 55% dos
entrevistados, a cadeia de fornecedores foi o primeiro ou segundo aspecto mais
impactado pela pandemia, seguido pelas vendas (50%) e pela relação com os trabalhadores
(19%). De acordo com a pesquisa, 45% das pequenas empresas tiveram mais
dificuldades em inovar por conta da pandemia. Mais: 68% das pequenas empresas não fizeram inovação
nesse período. Pensando num mundo pós-pandemia, 80% afirmaram que terão que
investir em inovação para crescer ou se manter no mercado.
Da pesquisa da CNI, o que se
conclui é que o trabalho remoto, instaurado por força da pandemia, mudou a
realidade das pequenas indústrias, que tiveram de recorrer a esse tipo de
atividade. Segundo a enquete, nesse período, 43% das empresas adotaram o
trabalho no sistema home office. As regiões Nordeste e Sudeste foram as
que mais tiveram empregados em trabalho remoto: 52% e 45% das empresas,
respectivamente. E, das 500 empresas consultadas, 35% vão manter esse modelo,
mesmo depois da pandemia.
Esse cenário mostra ainda que indústrias e outros estabelecimentos comerciais terão de buscar novas ferramentas para manter a competitividade e a produtividade, especialmente na área de inovação. E uma das soluções passa pela adoção de parcerias com startups e logtechs como forma de atender às expectativas e demandas cada vez mais refinadas, complexas e exigentes que são reivindicadas por clientes e consumidores.
Dentro desse cenário, é fundamental que grandes empresas recebam incentivos para contratar startups e logtechs, que possam ser alcançados por meio da isenção do pagamento de diversos tributos e taxas. Afinal, essas pequenas empresas hoje podem constituir um agente estratégico na promoção de grandes e médias indústrias, que assim podem experimentar novas alternativas na expansão de seus negócios. No caso das logtechs, estas pequenas empresas procuram oferecer qualidade e rapidez na entrega, mais informação no processo de compra e pagamento facilitado, com soluções que modernizam processos internos, otimizam custos logísticos e aumentam a eficiência na prestação de serviços.
Deve-se levar em conta ainda que
uma startup não trabalha apenas diretamente com o setor de tecnologia da
informação (TI), mas procura apresentar soluções para outros departamentos da
empresa, como, por exemplo, a área de recursos humanos (RH), que, afinal,
precisa manter os funcionários motivados na busca de inovação.
As startups podem
também trazer soluções para o setor de comércio eletrônico (e-commerce),
especialmente no gerenciamento da carga, com a criação de aplicativos com foco
na gestão de equipes externas, como de motoristas e promotores de vendas, sem
complicações e com velocidade. Em outras palavras: as startups podem
oferecer uma experiência fascinante a empreendedores que buscam explorar
atividades inovadoras no mercado. Ivone Silva - Brasil
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Ivone Maria da Silva, economista, empresária, diretora da Imase Soluções Empresariais,
em Goiânia, conselheira do Conselho Regional de Economia de Goiás
(Corecon-GO) e conselheira classista do Conselho Administrativo Tributário de
Goiás (CAT-GO). E-mail: diretoria@imase.com.br
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