Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Nações Unidas - Organização Internacional para Migrações dá prioridade à assistência humanitária em Cabo Delgado, Moçambique

O Diretor-geral da Organização Internacional para Migrações, António Vitorino, visitou a região que já produziu mais de 800 mil desalojados pela violência na província do norte de Moçambique. Praticamente metade são crianças, vítimas dos combates entre as forças do governo e grupos armados não-estatais, precisam de apoio psicossocial


No encerramento de sua visita oficial a Moçambique, o diretor-geral da Organização Internacional para Migrações destacou o sofrimento das crianças que fogem dos combates na província de Cabo Delgado, no norte do país.

António Vitorino falou à ONU News sobre o impacto do conflito, que começou em 2017.

Famílias

“Do ponto de vista humano o que me impressionou foi a tristeza nos olhos dessas crianças, são os relatos do sofrimento perante ataques bárbaros, sanguinolentos de que foram vítimas, sobretudo as crianças, estamos a falar de 800 mil desalojados, dos quais praticamente metade são crianças, e as crianças passaram por uma experiência extremamente traumática, difícil, muitas delas ficaram separadas das suas famílias e a nossa função é de minorar o sofrimento tanto quanto possível”

Face à situação que se vive na região norte de Moçambique, com os ataques dos insurgentes, o responsável da agência elogiou os progressos registados pelas forças de defesa e segurança de Moçambique que contam com apoio da comunidade internacional.

Segurança

“Não é possível encarrar o futuro, a reconstrução do que foi destruído e a criação de condições para as populações voltarem a terem um sentido para sua vida se não houver segurança, e por isso, apraz-nos registar os progressos no plano da segurança. Estes progressos criam nas próprias pessoas desalojadas, uma nova esperança de encontrarem a paz, a estabilidade e de poderem, oportunamente, retornar às suas regiões de origem.”

A Organização Internacional para Migrações, OIM, em Moçambique continua a operar no sul, centro e norte do país, em cooperação com o governo e parceiros humanitários, de desenvolvimento e de construção da paz.

Para o norte do Moçambique, a OIM já lançou um apelo de U$S 58 milhões. A reconstrução é uma das prioridades da agência.

Prioridades

“Reconstruir as infraestruturas destruídas, designadamente os serviços essenciais para vida cotidiana, o acesso à água, a eletricidades. A garantia do acesso à saúde e à educação porque nós não podemos deixar de registar com preocupação que quase metade dos deslocados são crianças e que os impactos destes ataques terroristas nos jovens, nas crianças e nas mulheres foram particularmente severos.”

A OIM fornece apoio essencial a indivíduos vulneráveis e afetados pelo conflito com destaque a assistência psicossocial; avaliação das necessidades de saúde mental das pessoas deslocadas e aumento da consciencialização dentro das comunidades.

A visita do diretor-geral da OIM a Moçambique durou três dias e incluiu encontros com parceiros de cooperação e entidades do governo. Ouri Pota – Moçambique “ONU News”


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