A Fundação Rui Cunha e o Instituto Português do Oriente (IPOR) assinaram um memorando de entendimento que prevê a cooperação na promoção da língua portuguesa. Ao Ponto Final, Joaquim Coelho Ramos, director do IPOR, adiantou que um dos projectos é a formação de professores na área do português para fins específicos. A Fundação Rui Cunha vai dar apoio na área do direito, economia e seguros, por exemplo
O
Instituto Português do Oriente (IPOR) e a Fundação Rui Cunha assinaram um
memorando de entendimento que estabelece uma cooperação entre as duas
instituições com o objectivo de promover o ensino da língua portuguesa. O
memorando tem uma duração de três anos.
Segundo
um comunicado da Fundação Rui Cunha, a iniciativa pretende estabelecer uma
cooperação em futuros projectos, “designadamente actividades culturais e
formativas, que conduzam à valorização da sociedade de Macau na sua diversidade
e ao reforço do diálogo cultural entre os povos da República Popular da China e
dos países de língua portuguesa”.
A
colaboração vai incidir sobre a realização de cursos de formação, projectos de
investigação, produção de materiais didácticos, acesso a bibliotecas e centros
de documentação e promoção de actividades conjuntas, por exemplo.
Ao
Ponto Final, Joaquim Coelho Ramos, director do IPOR, detalhou que o objectivo é
promover o português para fins específicos, como por exemplo o português
jurídico ou o português para administração. Ou seja, áreas em que “a mais-valia
da Fundação Rui Cunha se possa aliar, na área jurídica, àquilo que é a
actividade principal do IPOR, que é o ensino da língua portuguesa”, explicou o
director do IPOR.
Joaquim
Coelho Ramos adiantou que uma das ideias é desenvolver um projecto de formação
de professores na área do português para fins específicos, nomeadamente
direito, economia e seguros, por exemplo. A Fundação Rui Cunha tem “pessoal
altamente especializado” nessas áreas, assinalou o responsável do IPOR. “Toda a
parte lexical, vocabulário e do tipo de documentos utilizados, eles estão a par
e muito mais actualizados do que nós, porque trabalham especificamente sobre
isso”, notou.
Por
outro lado, o IPOR tem “uma dimensão pedagógica didática e de experiência de
ensino” e, com isso, Joaquim Coelho Ramos mostra-se optimista com os
resultados: “Estamos convencidos de que juntando as duas valências vamos
conseguir ter resultados muito mais promissores”.
As
restantes actividades no âmbito deste memorando de entendimento serão “afinadas
de acordo com os projectos que depois forem surgindo”, indicou o director do
IPOR, que se vai manter no cargo até ao final deste ano. A partir de Janeiro de
2022, o IPOR deverá ter novo director. André Vinagre – Macau in “Ponto
Final”
andrevinagre.pontofinal@gmail.com
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