Cidade
da Praia – Associação Cabo-verdiana de Sines e Santiago de Cacém, (ACSSC),
Portugal, realiza nos dias 2 e 3 de Setembro, em São Nicolau, uma sessão de
esclarecimento sobre como emigrar legalmente para Portugal, com vista a
combater a emigração irregular.
Esta
Informação foi avançada pela presidente da associação, Gracinda Luz, tendo
avançado que o evento decorre no âmbito do projecto “Empreender e capacitar
emigrantes”, iniciado pelo Fundo Asilo, Migração e Integração (FAMI), e está a
ser concretizado em diversos municípios do arquipélago.
Neste
sentido, cabe à ACSSC desenvolver acções de sensibilização destinadas aos
cabo-verdianos candidatos à emigração para trabalho, para que estejam
conscientes e formados de todo o processo de emigração.
“Estivemos
no mês de Julho na ilha do Sal, tivemos também em São Vicente e Santo Antão em
diferentes municípios e agora neste mês de Agosto e Setembro estamos na ilha de
São Nicolau, no dia 2 no município do Tarrafal, e no dia 3 no município da
Ribeira Brava, e vamos posteriormente para a ilha de Santiago”, concretizou.
Conforme
reforçou Gracinda Luz, a ACSSC pretende com esta sessão de esclarecimento munir
os cabo-verdianos que almejam emigrar de informações de todo o processo, tanto
do País de origem até chegar ao país de destino, Portugal, com o intuito de
combater a emigração irregular.
“Os
emigrantes cabo-verdianos emigram muitas vezes com intuito de ir trabalhar, mas
não emigram da forma mais correcta, não têm informação sobre os diferentes
tipos de trabalho que existem, e para além disso não sabem quais são os
procedimentos de regularização (…)”, elucidou.
De
maneira que, precisou, por falta de informação, há cabo-verdianos com cinco,
dez, 20 e até 30 anos a viver Portugal sem a devida regularização.
A
associação tenciona ainda combater a questão de “manobrabilidade”, em que as
pessoas nestas situações estão sujeitas a aceitar as condições impostas pela
entidade empregadora. Por exemplo, aceitar um salário muito menor daquilo que
lhe é de direito, por não saber e por necessitar.
Segundo
a também coordenadora deste projecto, a sessão é para direccionar, igualmente,
os cabo-verdianos aos sítios para onde devem dirigir-se gratuitamente para
obter apoios, já que existem vários centros locais para emigrantes, tendo
advogado que o intuito não é incentivar a população a sair do País.
“Mas
sabemos que os cabo-verdianos continuam a sair em busca do seu sonho, de uma
vida melhor para si e para a sua família, e é neste sentido que queremos
contribuir aqui em Cabo Verde, uma vez que muitas pessoas chegam a Portugal
desamparadas de informação”, sustentou.
Apontou
que vários assuntos serão abordados neste encontro, de entre os quais tipos de
visto de trabalho, documentos necessários para obtenção de vistos, serviços
portugueses e oportunidades de emprego. In “Inforpress”
– Cabo Verde
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