Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

terça-feira, 31 de agosto de 2021

Cabo Verde - Associação cabo-verdiana promove sessão de esclarecimento sobre como emigrar legalmente para Portugal


Cidade da Praia – Associação Cabo-verdiana de Sines e Santiago de Cacém, (ACSSC), Portugal, realiza nos dias 2 e 3 de Setembro, em São Nicolau, uma sessão de esclarecimento sobre como emigrar legalmente para Portugal, com vista a combater a emigração irregular.

Esta Informação foi avançada pela presidente da associação, Gracinda Luz, tendo avançado que o evento decorre no âmbito do projecto “Empreender e capacitar emigrantes”, iniciado pelo Fundo Asilo, Migração e Integração (FAMI), e está a ser concretizado em diversos municípios do arquipélago.

Neste sentido, cabe à ACSSC desenvolver acções de sensibilização destinadas aos cabo-verdianos candidatos à emigração para trabalho, para que estejam conscientes e formados de todo o processo de emigração.

“Estivemos no mês de Julho na ilha do Sal, tivemos também em São Vicente e Santo Antão em diferentes municípios e agora neste mês de Agosto e Setembro estamos na ilha de São Nicolau, no dia 2 no município do Tarrafal, e no dia 3 no município da Ribeira Brava, e vamos posteriormente para a ilha de Santiago”, concretizou.

Conforme reforçou Gracinda Luz, a ACSSC pretende com esta sessão de esclarecimento munir os cabo-verdianos que almejam emigrar de informações de todo o processo, tanto do País de origem até chegar ao país de destino, Portugal, com o intuito de combater a emigração irregular.

“Os emigrantes cabo-verdianos emigram muitas vezes com intuito de ir trabalhar, mas não emigram da forma mais correcta, não têm informação sobre os diferentes tipos de trabalho que existem, e para além disso não sabem quais são os procedimentos de regularização (…)”, elucidou.

De maneira que, precisou, por falta de informação, há cabo-verdianos com cinco, dez, 20 e até 30 anos a viver Portugal sem a devida regularização.

A associação tenciona ainda combater a questão de “manobrabilidade”, em que as pessoas nestas situações estão sujeitas a aceitar as condições impostas pela entidade empregadora. Por exemplo, aceitar um salário muito menor daquilo que lhe é de direito, por não saber e por necessitar.

Segundo a também coordenadora deste projecto, a sessão é para direccionar, igualmente, os cabo-verdianos aos sítios para onde devem dirigir-se gratuitamente para obter apoios, já que existem vários centros locais para emigrantes, tendo advogado que o intuito não é incentivar a população a sair do País.

“Mas sabemos que os cabo-verdianos continuam a sair em busca do seu sonho, de uma vida melhor para si e para a sua família, e é neste sentido que queremos contribuir aqui em Cabo Verde, uma vez que muitas pessoas chegam a Portugal desamparadas de informação”, sustentou.

Apontou que vários assuntos serão abordados neste encontro, de entre os quais tipos de visto de trabalho, documentos necessários para obtenção de vistos, serviços portugueses e oportunidades de emprego. In “Inforpress” – Cabo Verde


 

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