O
Luxemburgo está prestes a enviar a primeira remessa de vacinas anti covid-19
para Praia, capital de Cabo Verde, através da operação Covax. Este primeiro
contingente deverá permitir às autoridades locais administrar 56000 doses.
O
país, com uma população quase tão grande como o Grão-Ducado, registou 298
mortes devido à epidemia em 34171 casos positivos. Para o Luxemburgo, as
doações ao abrigo do esquema de apoio Covax serão alargadas a outros países.
No
ministério dos Negócios Estrangeiros, os pontos de distribuição futura em todo
o mundo já são conhecidos. Como parte da luta internacional contra a covid-19,
o Luxemburgo já tinha anunciado a sua intenção de disponibilizar cerca de 350000
vacinas a países menos ricos.
O
compromisso foi assumido na reunião do conselho governamental a dois de julho.
O gesto está prestes a tornar-se realidade, Manuel Tonnar acaba de confirmar.
Em declarações à Rádio 100.7, o diretor de cooperação do ministério dos
Negócios Estrangeiros confirmou o primeiro envio de doses, primeiro para Cabo
Verde.
Manuel
Tonnar já deu os nomes de vários países ou regiões: Burkina Faso, Níger, Mali,
Senegal, mas também Kosovo, Vietname, Laos e Mongólia. A operação deverá
igualmente permitir ao governo luxemburguês enviar um stock de vacinas para os
territórios palestinianos. Para além destas doações em espécie, o Grão-Ducado
comprometeu dois milhões de euros para facilitar a implantação do sistema
Covax. Este é um gesto generoso, mas uma gota no oceano das necessidades de
vacinas em todo o mundo.
A
China assinalou que este ano "esforçar-se-á por fornecer dois mil milhões
de doses de vacinas ao mundo". Pequim também prometeu uma doação de 100
milhões de dólares para o sistema de entrega de vacinas aos países mais pobres.
Recentemente,
o director-geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom, apelou às
empresas farmacêuticas para que também apoiassem o sistema Covax, para combater
a "desigualdade de vacinas e, em particular, para ajudar 92 países pobres
a imunizar as suas populações".
Até
agora, das quatro mil milhões de doses injetadas a nível mundial, 80% foram
para países de rendimento alto e médio. Isto apesar do facto de estes países
representarem menos de 50% da população mundial. In “Contacto”
- Luxemburgo
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