As autoridades de Zhuhai ajustaram vários planos relativos à cooperação com a RAEM na área da ciência e inovação. Em destaque, estão planos para incentivar laboratórios de referência do Estado de Macau no sentido de abrirem sucursais em Zhuhai e para apoiar projectos de instituições de ensino superior locais na cidade vizinha, bem como promover a criação do “centro de intercâmbio e conversão dos resultados científicos e tecnológicos entre a China e os Países de Língua Portuguesa”
Os
Regulamentos sobre a Promoção da Inovação Científica e Tecnológica na Zona
Económica Especial de Zhuhai foram alvo de uma segunda revisão – após a
primeira em 2016 – que entrou em vigor no dia 1 deste mês. Nos novos
regulamentos, é sublinhada a intenção de “impulsionar os laboratórios de
referência do Estado de Hong Kong e de Macau a abrirem entidades sucursais em
Zhuhai”.
A
revisão do regime jurídico fixou ainda outra orientação para apoiar
instituições do ensino superior e de investigação de Macau e Hong Kong no
desenvolvimento de projectos de ciência e inovação criados pelo Fundo
Financeiro de Zhuhai. Outra meta importante é a criação de um mecanismo de
aplicação transfronteiriça de fundos científicos.
Em
conferência de imprensa, Wang Lei, director do Gabinete de Inovação Científica
e Tecnológica de Zhuhai, destacou que a cidade vizinha vai reforçar a
articulação e cooperação com a Direcção dos Serviços de Economia e
Desenvolvimento Tecnológico da RAEM e com o Fundo para o Desenvolvimento das
Ciências e da Tecnologia para acelerar a criação de um laboratório conjunto de
Guangdong-Hong Kong-Macau bem como desenvolver projectos de ciência e inovação
envolvendo a cooperação entre as três partes, procurando atrair a participação
de mais capitais e empresas da RAEM.
“Ao
mesmo tempo, Zhuhai vai colaborar com Macau para a RAEM desempenhar ainda mais
o seu papel único de plataforma entre a China e os Países de Língua Portuguesa,
assim promovendo a construção do ‘centro de intercâmbio e conversão dos resultados
científicos e tecnológicos entre a China e os países lusófonos’”, salientou o
responsável. O objectivo dessa estratégia vai “no sentido de preparar uma
plataforma eficiente e pragmática para a China transferir as tecnologias aos
países lusófonos e para promover acções de cooperação inovadoras”, acrescentou.
Nos
novos regulamentos, foram acrescentados mais conteúdos que abordam a integração
na região da Grande Baía. “Zhuhai precisa de fortalecer a articulação com as
novas políticas de ciência e inovação das RAE, promover a abertura e partilha
das infra-estruturas científicas e tecnológicas, acelerar o aperfeiçoamento do
mecanismo de cooperação na indústria-universidade-investigação, impulsionar o
movimento transfronteiriço dos quadros científicos, uso transfronteiriço dos
fundos de ciência e investigação, bem como a conversão transfronteiriça dos
resultados de inovação”, apontou Wang Lei. Rima Cui – Macau in Jornal
Tribuna de Macau”
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