Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

domingo, 8 de agosto de 2021

Moçambique – Forças armadas moçambicanas recuperam a vila de Mocímboa da Praia

Mocímboa da Praia – As forças de segurança de Moçambique e do Ruanda recuperaram hoje a vila portuária de Mocímboa da Praia, no norte do país e anteriormente capturada pelos rebeldes, anunciou o exército ruandês.

“A vila portuária de Mocímboa da Praia, um grande bastião da insurgência há mais de dois anos, foi capturada pelas forças de segurança moçambicanas e ruandesas”, pode ler-se numa publicação das Forças de Defesa do Ruanda no Twitter.

A mesma publicação relembra que a vila, alvo de uma operação de recuperação por parte de Maputo e Kigali durante a última semana, “também incorpora a Sede de Distrito e o aeroporto”.

A Lusa tentou contactar um porta-voz do exército ruandês, mas até agora sem sucesso.

A vila costeira de Mocímboa da Praia, por muitos apontada como a “base” dos insurgentes, é uma das principais do norte da província de Cabo Delgado, situada 70 quilómetros a sul da área de construção do projecto de exploração de gás natural conduzido por várias petrolíferas internacionais e liderado pela Total.

A vila tinha sido invadida e ocupada durante um dia por rebeldes em 23 de Março do ano passado, numa acção depois reivindicada pelo grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico, e foi, em 27 e 28 de Junho daquele ano, palco de longos confrontos entre as forças governamentais e os grupos insurgentes, o que levou à fuga de parte considerável da população.

As Forças de Defesa e Segurança de Moçambique contam, desde o início do mês, com o apoio de mil militares e polícias do Ruanda para a luta contra os grupos armados, no quadro de um acordo bilateral entre o Governo moçambicano e as autoridades de Kigali.

Grupos armados aterrorizam a província de Cabo Delgado desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

Na sequência dos ataques, há mais de 3100 mortes, segundo o projecto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, segundo as autoridades moçambicanas. In “Inforpress” – Cabo Verde com “Lusa”

 

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