A Grande Baía vai estar em destaque na primeira Exposição Internacional de Díli, capital de Timor-Leste. Está previsto que empresas de Macau e de Guangdong assinem ”protocolos de cooperação e contratos de venda e compra com as suas congéneres de Timor-Leste”
A
primeira Exposição Internacional de Díli quer captar investimento da Grande
Baía, estando previstos negócios entre as duas partes, em áreas como o
desenvolvimento de infraestruturas ou o café, foi ontem anunciado.
A
Exposição Internacional de Díli 2025, que decorre entre 28 de Agosto e 1 de
Setembro, “pretende atrair mais investidores da Grande Baia (…), empresários de
todos os sectores, desde comércio, prestação de serviços, instituições
financeiras e banca”, lê-se num comunicado assinado pelo delegado de
Timor-Leste junto do Secretariado Permanente do Fórum para Cooperação Económica
e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau),
António Ramos da Silva.
De
Macau, lê-se na nota, o Instituto de Promoção do Comércio e Investimento (IPIM)
vai enviar 19 empresários de diversos sectores. Vão estar ainda presentes
representantes do Fundo de Cooperação e Desenvolvimento China–Países de Língua
Portuguesa.
Este
fundo, criado em Junho de 2013 pelo Banco de Desenvolvimento da China e o Fundo
de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Macau, tem um capital total de mil
milhões de dólares norte-americanos.
Em
Julho de 2024, o ex-secretário-geral adjunto do Secretariado Permanente do
Fórum de Macau, Casimiro de Jesus Pinto, disse em Lisboa que este instrumento
financeiro tinha investido até à data 527 milhões de euros em 11 projectos em
Portugal, Brasil, Angola, Moçambique e Macau.
Durante
a “primeira exposição internacional organizada em Timor-Leste pelo Ministério
do Comércio e Indústria”, refere-se ainda na nota, empresas de Macau e da
província chinesa de Guangdong vão assinar “protocolos de cooperação e
contratos de venda e compra com as suas congéneres de Timor-Leste”.
Entre
os negócios previstos, Macau vai comprar mais café a Timor-Leste, com a
distribuidora Timor Global a assinar um acordo no valor de 808.800 dólares com a Macau
Café Companhia Limitada.
Também
a empresa Água Nova de Timor (Macau) vai fazer negócio com o Ministério da
Educação timorense para a instalação de máquinas de água potável nas escolas
públicas do país, lê-se na nota.
No
comunicado, são ainda referidos outros protocolos, nomeadamente a participação
dos grupos Top Builder, de Macau, e Huafa, de Zhuhai (em Guangdong), na área do
desenvolvimento de infraestruturas em Timor-Leste.
Outro
investimento também previsto é o do grupo chinês Caizi em parceria com o grupo
Zhuhai Deguang Electronic Products Factory no “desenvolvimento integrado”, de
acordo com o comunicado.
O
grupo Caizi, refere-se ainda, assinou em Janeiro deste ano um pré-acordo com o
delegado de Timor-Leste junto do Secretariado Permanente do Fórum de Macau,
para um investimento de cerca de mil milhões de dólares, que contempla a
construção de resorts integrados, de uma fábrica para a construção civil e
outras indústrias.
De
acordo com a página da Internet do Governo de Timor-Leste, o objectivo desta
feira é “reunir países, pequenas e médias empresas, negócios, ONG e
organizações governamentais” para apresentar “os seus êxitos, demonstrar as
mais recentes inovações em cultura e tecnologia e promover a colaboração entre
diversos sectores”. In “Ponto Final” – Macau com “Lusa”
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