A De Beers anunciou esta semana a descoberta de um novo campo de kimberlito, no leste do país, para a produção de diamantes, o primeiro novo campo descoberto por esta empresa sul africana em mais de três décadas
Segundo
o CEO do De Beers Group, Al Cook, Angola é um dos melhores lugares do planeta
para procurar diamantes, e esta descoberta reforça a confiança do grupo. E foi
fruto de um esforço coordenado, que teve início com levantamentos aéreos
realizados em Março, que identificaram alvos prioritários para perfuração. No I
trimestre do ano, Angola teve uma produção média de 1.116.185 quilates de diamantes, que foram comercializados a um
preço médio de 98,70 USD por quilate, segundo o relatório de execução orçamental
relativo aos primeiros três meses do ano, publicado pelo Ministério das
Finanças. O documento avança também que as exportações de diamantes
corresponderam a 391,7 milhões USD, neste período, com a Estado a arrecadar
apenas 5,7% de valor em impostos, que valeram 22,4 milhões USD.
A
De Beers abandonou Angola em 2012, depois de as autoridades terem suspendido
todos os contratos de compra e venda de diamantes no âmbito de uma
reestruturação do sector, que incluiu a criação da Sodiam, empresa a quem foi
atribuído o monopólio da comercialização dos diamantes. Regressou dez anos
depois e está confiante com essa nova fase de descobertas. "Estamos
entusiasmados com o papel que a De Beers pode desempenhar para ajudar o País a
concretizar o seu enorme potencial, tanto no subsolo como na superfície",
referiu o líder da empresa, citado no comunicado da multinacional sul africana
Descoberto
que está o novo campo de kimberlito para a exploração de diamantes, os próximos
passos passam pelo aprofundamento dos trabalhos com perfurações adicionais,
levantamentos geofísicos terrestres e análises laboratoriais detalhadas para
confirmar a natureza e avaliar o seu potencial económico.
O
regresso da De Beers a Angola permitiu a assinatura de uma parceria com a
Endiama e dois contratos mútuos de investimento mineiro, para um período de 35
anos, com os primeiros cinco anos reservados para prospecção. A De Beers ficou
com 90% do capital social de cada concessão, enquanto a Endiama tem 10%. A
multinacional sul-africana vai investir 33,2 milhões USD na prospecção inicial
de depósitos primários e secundários de diamantes nas concessões de Muconda
(Lunda Sul) e Lumboma (Lunda Norte). Faustino Diogo – Angola in “Expansão”
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