A presença de uma equipa pirotécnica do Brasil é a grande novidade da edição deste ano do Festival Internacional de Fogo-de-Artifício, que decorrerá durante um mês, entre 6 de Setembro e 6 de Outubro, com cinco noites de céu iluminado por 10 equipas participantes. Portugal repete a presença, desta feita representado pela Pirotecnia de Barbeita, Monção. A directora dos Serviços de Turismo espera que os espectáculos atraiam um número de pessoas semelhante ao do ano passado, que foi de 720 mil
A
edição deste ano do Festival Internacional de Fogo-de-Artifício vai ter como
principal novidade a presença de uma equipa do Brasil, que actuará no último
dia do evento, ao lado do Reino Unido. Os espectáculos vão decorrer em cinco
noites, entre 6 de Setembro e 6 de Outubro, com duas sessões diárias, de 20
minutos cada, sempre às 21h00 e 21h40.
O
certame, que teve a sua estreia em 1989, volta a contar com uma representação
portuguesa, desta feita a cargo da Pirotecnia de Barbeita, Monção, Viana do
Castelo. “O Poço Celestial” será o tema a apresentar, tendo por pano de fundo
“as estrelas reflectindo a intensidade dos desejos humanos, do amor e da
fragilidade do mundo”.
Portugal,
que actuará pelas 21h40 (logo a seguir à formação chinesa) do dia 1 de Outubro,
Dia Nacional da República Popular da China, procura a quarta vitória no
concurso, depois de ter vencido em 1991, 1996 e 2002.
A
equipa da China escolheu como tema a “celebração do 26º Aniversário da RAEM” e
interpretará melodias clássicas, “combinando com fogo-de-artifício de forma
perfeita”.
De
resto, o 33º Festival traz ao território Austrália e África do Sul (6 de
Setembro), Coreia do Sul e Áustria (dia 13), Filipinas e Japão (dia 20), e
Reino Unido e Brasil (6 de Outubro).
Os
detalhes do certame pirotécnico foram divulgados em conferência de imprensa,
realizada ontem ao final da manhã nas instalações da Torre de Macau, na qual a
directora dos Serviços de Turismo (DST) salientou que as equipas participantes
foram seleccionadas por terem “uma vasta experiência em concursos e exibições,
tendo já conquistado prémios em diferentes eventos de fogo-de-artifício em todo
o mundo”.
No
seu discurso, Helena de Senna Fernandes salientou que “Macau terá 10 exibições
de alto nível, mostrando o charme do ‘turismo + eventos’ de Macau, enriquecendo
as actividades nocturnas e impulsionando a economia comunitária”. Lembrou que o
período do festival abrange o Dia Nacional da RPC e o Festival do Bolo Lunar,
“o que reforça o ambiente das festividades”.
Sobre
a previsão de visitantes esperados para o período do festival, a responsável da
DST disse que a estimativa é semelhante à da edição do ano passado, ou seja,
cerca de 720.000
pessoas. “Até pode ser ligeiramente superior, caso as condições climatéricas
assim o permitam”, sublinhou.
Aqueles
que pretenderem assistir aos espectáculos de diferentes perspectivas têm seis
locais de observação aconselhados pela organização, nomeadamente: Avenida Dr.
Sun Yat-Sen, do Centro Ecuménico até à Zona de Lazer Marginal da Estátua de Kun
Iam; passeio ribeirinho do Centro de Ciência de Macau; Avenida de Sagres (ao
lado do Hotel Mandarin Oriental); Anim’Arte Nam Van, no caminho marginal do
Lago (ao lado do Hotel YOHO Ilha de Tesouro), e Avenida do Oceano, na Taipa.
Para
os que quiserem ver pela televisão, as sessões serão todas transmitidas em
directo pelos canais Ou Mun e Entretenimento, enquanto o canal chinês da Rádio
Macau transmitirá, em tempo real, a música que serve de pano de fundo aos
espectáculos de fogo-de-artifício.
Paralelamente
às exibições, o festival integra outras actividades, com destaque para o
popular “Arraial do Fogo-de-Artifício”, com gastronomia, espectáculos e jogos,
numa organização conjunta da DST e da União Geral das Associações dos Moradores
de Macau. O mesmo terá lugar nos dias das sessões, entre as 17h30 e as 22h30,
no passeio ribeirinho do Centro de Ciência de Macau.
Para
além disso, serão levados a cabo mais uma vez concursos de fotografia e de
desenho para estudantes, para que os mesmos possam desenvolver a sua
criatividade. Por outro lado, a DST leva a efeito, pela primeira vez, um
Concurso de Arte Generativa com Inteligência Artificial, para que “os
entusiastas da criação desta tecnologia recordem a beleza do fogo-de-artifício,
promovam o desenvolvimento da ciência e da arte de Macau e integração
intersectorial de ‘turismo + tecnologia’”. Haverá também jogos interactivos online.
O
orçamento total do festival é de 18,6 milhões de patacas. As seis
concessionárias cobrem cerca de 18 milhões. O resto é da responsabilidade do
Governo.
Quebra de visitantes relacionada com instabilidade da
economia
A
directora dos Serviços de Turismo reconhece que a quebra do número de
visitantes e nas despesas tem a ver com a situação actual da economia mundial.
“O mundo não está nas melhores condições económicas, por isso vamos tentar
aguentar e ver em que áreas e produtos podemos apostar para que haja mais
possibilidade de eles gastarem o seu dinheiro”, disse Helena de Senna
Fernandes, à margem da apresentação do Festival Internacional de
Fogo-de-Artifício, adiantando que “é uma questão de tempo”. “Quando a economia
crescer, Macau verá mais gastos dos visitantes”, disse. Senna Fernandes fez
ainda um balanço do evento “ZAPE com Sabores”, afirmando que durante quatro
dias recebeu mais de 36 mil visitantes, uma média diária de 9100, tendo
excedido a expectativa inicial de 4000 por dia. “Os comerciantes que
participaram na feira registaram um montante total de receitas brutas
superiores a 200 mil patacas, sendo que alguns stands conseguiram ganhar mais
de 10 mil patacas por dia, por isso os resultados são satisfatórios”, observou.
Quanto a uma possível extensão do evento, assumiu que, “por enquanto, não”. Vítor
Rebelo – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”
Sem comentários:
Enviar um comentário