Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

domingo, 24 de agosto de 2025

Brasil - Novo acordo histórico leva carne bovina ao Quénia

O ano de 2025 vem sendo muito positivo para o agronegócio brasileiro. Pela primeira vez, o Quénia, na África Oriental, autorizou oficialmente a importação de carne bovina do Brasil. Até então, o país africano jamais havia recebido um único embarque do produto brasileiro. A abertura do mercado foi confirmada após a aprovação do Certificado Sanitário Internacional (CSI), que permite a entrada de carne in natura, miúdos e outros derivados bovinos.


Essa decisão, que entrou em vigor no início de janeiro de 2025, coloca o Brasil em posição ainda mais estratégica no continente africano. Mais do que abrir espaço para embarques futuros, o acordo serve de vitrine internacional e reforça a imagem do país como garante global de proteína animal, num momento em que a segurança alimentar se tornou prioridade mundial.

O Quénia no radar do Brasil

O Quénia possui hoje uma população superior a 55 milhões de habitantes, com economia em crescimento médio de 5% ao ano, segundo o Banco Mundial. Embora tenha tradição pecuária, a produção local enfrenta obstáculos estruturais, como escassez de matérias primas, vulnerabilidade climática e baixa produtividade.

Ao autorizar a importação da carne bovina brasileira em 2025, o Quénia não apenas procura reforçar o abastecimento interno, mas também estabelece um novo patamar na sua relação comercial com o Brasil.

Até ao ano passado, as exportações brasileiras de proteína animal para a África estavam concentradas em países do Norte, como o Egito e Marrocos, além de alguns parceiros na África Subsaariana, como a África do Sul e Nigéria. Agora, o mapa das exportações amplia-se rumo à África Oriental.

A força do agro brasileiro em 2025

O Brasil já é, há mais de uma década, o maior exportador mundial de carne bovina, responsável por cerca de 25% das vendas globais. Em 2024, o setor registou embarques próximos a US$ 10,8 bilhões, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC).

A expectativa para 2025, com a entrada do Quénia e de outros mercados recém-abertos, é de superar a marca de US$ 11 bilhões.

Para os produtores, o impacto vai além da receita. A entrada num novo mercado é interpretada como selo de confiança internacional. Uma vez validado pelos sistemas sanitários locais, o produto brasileiro tende a ganhar espaço em países vizinhos e parceiros comerciais do novo importador.

No caso do Quénia, que é membro da Comunidade da África Oriental (EAC), esta aprovação pode ser a porta de entrada para países como a Tanzânia, Uganda e Ruanda. In “Téla Nón” – São Tomé e Príncipe com “CPG”


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