“O Adivinho dos Fabricantes da Pobreza”, de Gonçalo Mabunda, é o título da exposição que se segue no Centro Cultural Franco-Moçambicano, na Cidade de Maputo.
Com
curadoria de Mauro Pinto, a mostra será inaugurada na quarta-feira da próxima
semana, 13 de Agosto, às 18h, na Sala de Exposições do CCFM, e poderá ser
visitada até ao dia 18 de Outubro.
A
nova mostra de Mabunda insere-se nas comemorações dos 30 anos do CCFM e dos 50
anos da independência de Moçambique, celebrando igualmente os 50 anos de idade
de Gonçalo Mabunda, artista com um percurso consolidado no panorama artístico
nacional e internacional, cuja história está intimamente ligada ao CCFM.
Reconhecido
nacional e internacionalmente pelas suas emblemáticas esculturas construídas a
partir de armas desactivadas — como tronos, máscaras e figuras antropomórficas,
Mabunda apresenta uma obra marcada pela reflexão sobre a guerra, a memória
colectiva e os mecanismos de poder, fundindo crítica política, arte
contemporânea e herança cultural africana.
Sobre o artista
Gonçalo
Mabunda nasceu em 1975, em Maputo, onde actualmente vive e trabalha. A sua
prática artística está profundamente enraizada na memória histórica de
Moçambique, país que atravessou uma prolongada guerra civil entre 1977 e 1992.
Utilizando armas como matéria-prima, o artista converte instrumentos de
destruição em poderosos objectos escultóricos. Desde 1992, está associado ao
Núcleo d’Arte e participou no emblemático projecto “Transformação de Armas em
Arte”. Um dos temas recorrentes do seu trabalho é o Trono, símbolo tanto da
tradição africana como da crítica aos regimes autoritários que se perpetuam no
poder através da violência.
Apesar
do peso simbólico das armas, as obras de Mabunda transmitem uma mensagem de
esperança, transformação e resiliência, exaltando o papel da arte como veículo
de reconstrução e diálogo social.
Gonçalo
Mabunda possui colecções no Centre
Pompidou, Paris, França; Tropenmuseum, Amesterdão, Países Baixos; Museu do
Exército, Suécia e Países Baixos; Museus Vaticanos, Vaticano; Museum of Arts
and Design (MAD), Nova Iorque, EUA; Brooklyn Museum, Nova Iorque, EUA; Saint
Louis Art Museum, Missouri, EUA; Victoria and Albert Museum, Reino Unido;
Louvre Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos; Museu Nacional de Arte, Moçambique;
Fundação Projustitiae, Portugal; Parque da Devesa, Vila Nova de Famalicão,
Portugal; Memorial de Caen, França; Museu Nacional do Uruguai, Uruguai;
Tempietto del Carmelo, Roma, Itália; Musée International des Arts Modestes,
França; Public Art Norway e Governo Provincial da Noruega; ou Parque
Internacional de Escultura, Pequim, China. In “O País”
- Moçambique
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