Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Macau - Direcção dos Serviços de Obras Públicas vai iniciar estudo sobre impacto da Linha Leste do Metro Ligeiro no Farol da Guia

O Governo vai avançar com um estudo sobre o impacto da Linha Leste do Metro Ligeiro na paisagem do Farol da Guia, adiantou o Instituto Cultural, uma tarefa que caberá à Direcção dos Serviços de Obras Públicas. Recorde-se de que este tinha sido um dos pedidos feitos pelo Centro do Património Mundial da UNESCO, em Julho


A Direcção dos Serviços de Obras Públicas (DSOP) irá dar início à “Avaliação do Impacto da Linha Leste do Metro Ligeiro na Paisagem do Farol da Guia”, revelou o presidente substituto do Instituto Cultural (IC), Cheang Kai Meng. Em Julho, recorde-se, o Centro do Património Mundial da UNESCO pediu estudos de impacto relativamente a dois projectos, um deles precisamente a Linha Leste do Metro Ligeiro, mas também o viaduto entre as Zonas A e B dos Novos Aterros, como noticiou este jornal.

O órgão internacional exigiu ainda o envio de um relatório actualizado sobre o estado de conservação do Centro Histórico de Macau à Administração Estatal do Património Cultural da China, a ser enviado até ao dia 1 de Dezembro de 2026.

Em resposta a uma interpelação escrita do deputado Ron Lam, o presidente substituto do IC indica ainda que a Linha Leste – que terá cerca de 7,7 quilómetros de extensão – será construída através de túnel subterrâneo e incluirá seis estações subterrâneas. “Com excepção dos acessos às estações, salas de equipamentos e saídas de emergência, que ficarão à superfície, todas as restantes instalações localizar-se-ão no subsolo”, indicou ainda.

Já relativamente ao viaduto entre as Zonas A e B dos Novos Aterros, definido como “uma infraestrutura de transportes relevante” para a futura ligação entre a Península e os Novos Aterros, “presentemente, os serviços de obras públicas estão a elaborar o respectivo projecto”. Cheang Kai Meng assegurou ainda que o Governo da RAEM “mantém uma atitude aberta”, tendo em conta as “preocupações manifestadas pelos cidadãos quanto à forma de construção”. Segundo disse, o Executivo vai prosseguir com a recolha, organização e análise, “de forma abrangente”, das opiniões, “no sentido de aperfeiçoar o projecto”.

Sublinhando que a “Avaliação de impactos sobre o património” é um mecanismo geral para os trabalhos de protecção do património mundial, o mesmo responsável acrescenta que o Governo continuará a realizar esse tipo de estudo “para os programas que tenham necessidade, incluindo a avaliação sobre programas ulteriores nos termos das exigências constantes das decisões do Centro do Património Mundial”.

Nesse sentido, relembra que após a conclusão do estudo da “Avaliação do impacto patrimonial e concepção urbana da zona ao redor da Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues”, o Governo submeteu o “conteúdo principal” do estudo ao Centro do Património Mundial para apreciação. Também sobre esta avaliação a UNESCO pediu mais detalhes. “Relativamente às informações e dados a serem adicionados após a decisão, o Governo da RAEM está a acompanhar o caso de acordo com o conteúdo da decisão”, acrescentou, não adiantando mais detalhes.

O Governo tem apresentado periodicamente informações sobre estudos e relatórios ao Centro do Património Mundial, com quem irá manter uma comunicação e intercâmbio “estreitos”, sobre qualquer assunto relacionado com a preservação e gestão do Património Mundial de Macau, garantiu ainda o IC.

O organismo lembra também que o Comité do Património Mundial se congratulou com o conteúdo do “Plano de Salvaguarda e Gestão do Centro Histórico de Macau” por reunir pareceres do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios e do Centro do Património Mundial da UNESCO. Segundo Cheang, o plano constitui “um quadro abrangente e ferramentas eficazes para a preservação e gestão do Património Mundial de Macau”. Pedro Milheirão – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”


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