Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Egipto - Revela vestígios de cidade submersa com mais de 2000 anos

O Egipto apresentou, este fim-de-semana, vestígios de uma cidade submersa em frente à costa de Alexandria, que incluem edifícios, tumbas, tanques para peixes e um cais, todos com mais de 2000 anos de antiguidade.


Segundo as autoridades, o sítio, localizado na baía de Abu Qir, pode corresponder a uma extensão da antiga cidade de Canopo, importante centro da dinastia ptolemaica – que governou o Egipto por quase três séculos – e, posteriormente, do Império Romano, que permaneceu ali por aproximadamente 600 anos.

Com o tempo, uma série de terramotos e o aumento do nível do mar submergiram a cidade e o porto vizinho de Heracleion.

Agora, este fim-de-semana, grandes guindastes retiraram várias estátuas. “Há muitos elementos debaixo de água, mas o que podemos recuperar é limitado; são apenas peças seleccionadas de acordo com critérios rigorosos”, declarou o ministro de Turismo e Antiguidades, Sherif Fathi.

“O restante permanecerá como parte integral de nosso património subaquático”, acrescentou.

As descobertas incluem edifícios de pedra calcária que teriam servido como locais de culto, casas ou estruturas comerciais e artesanais.

Também foram identificados depósitos e tanques escavados na rocha, destinados tanto à aquicultura quanto ao armazenamento de água para consumo doméstico.

Entre as peças mais notáveis estão estátuas reais e esfinges anteriores ao período romano, incluindo uma parcialmente preservada de Ramsés II.

Foram encontrados, ainda, um navio mercante, âncoras de pedra e inclusivamente, um guindaste portuário no local onde ficava um cais de 125 metros, utilizado como porto para embarcações menores durante as épocas romana e bizantina.

Sítio de grande riqueza arqueológica, Alexandria está actualmente ameaçada pelas mesmas águas que submergiram Canopo e Heracleion.

A cidade costeira afunda mais de três milímetros por ano e está entre as áreas mais vulneráveis às alterações climáticas e ao aumento do nível do mar.

Mesmo no cenário mais optimista elaborado pela ONU, um terço de Alexandria estará submerso ou inabitável em 2050, o que será um desastre para o que ainda resta da cidade fundada, em 331 a.c., por um dos grandes generais de sempre, o grego Alexandre Magno. Esta cidade que foi construída num pedaço de terra já ocupado por uma pequena aldeia egípcia entre o Mar Mediterrâneo e o Lago Mareotis (Lago Mariout) está a sofrer as alterações climáticas de forma intensa.

Para quem não saiba, ainda hoje são lugares icónicos a sua grande Biblioteca, a maior do mundo antigo, e o Farol de Alexandria (Pharos), uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, sendo certo que as Catacumbas de Kom El Shoqafa são hoje consideradas uma das Sete Maravilhas da Idade Média. In “Jornal Tribuna de Macau” – Macau com “Agências Internacionais”

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