O Clube Militar de Macau passou por momentos difíceis durante a pandemia, os quais já foram praticamente ultrapassados, segundo disse Manuel Geraldes, membro da direcção, ao Jornal Tribuna de Macau. Recentemente, a instituição reuniu-se em assembleia-geral e analisou estes primeiros seis meses de 2023. No relatório elaborado, destaque para a recuperação, “quase a 100%” dos tempos anteriores à pandemia, graças principalmente à actividade do restaurante que “continua a ter muita gente”. As Jornadas Musicais são para continuar e tudo aponta para que, até ao final do ano, haja mais um festival de gastronomia, eventos que têm ajudado as receitas, mas também na formação do pessoal
A
última assembleia-geral do Clube Militar de Macau serviu para os sócios
aprovarem o relatório de actividades e as contas do exercício de 2022 e, sem
segundo lugar, para abalizarem e aprovarem as propostas de plano de actividades
e o orçamento para o ano em curso. Durante a reunião debateu-se,
essencialmente, o momento da instituição de matriz portuguesa e no relatório
elaborado está bem vincada a “recuperação financeira”, abalada por causa da
pandemia.
Em
seis meses de abertura “a uma vida normal de Macau”, ou seja, sem os
constrangimentos que a crise pandémica provocou, muito concretamente no sector
da restauração, o Clube Militar já “praticamente recuperou a 100%”
relativamente ao período pré-pandemia, segundo declarou Manuel Geraldes ao
Jornal Tribuna de Macau.
O
membro da direcção, com a responsabilidade da actividade do restaurante e do
bar, fala com satisfação do momento que a instituição atravessa em termos
financeiros, recordando os momentos muito complicados durante cerca de três
anos. “Foi muito difícil, mas conseguimos superar, também com a compreensão dos
nossos funcionários”, sublinhou.
O
Clube dispõe de 25 trabalhadores ligados ao restaurante e ao bar, a que
acrescem mais cinco na secretaria, e não despediu ninguém na altura da
pandemia. “Falámos com todos e eles compreenderam a situação. Cumprimos todas
as nossas obrigações”. Hoje, já são pagas as horas extraordinárias e os
feriados, e “os funcionários já têm uma melhor formação por causa dos festivais
de gastronomia, uma vez que também aprendem bastante”, explicou.
O
restaurante do Clube Militar “voltou aos seus melhores dias”, salienta Manuel
Geraldes, para quem os festivais de gastronomia muito contribuíram para o
sucesso da recuperação. “Vieram de facto dar conforto e foi importante para a
energização do nosso pessoal da cozinha e do restaurante”, acrescenta.
Já
este ano o chef português Diogo Rocha supervisionou a cozinha do Clube,
confeccionando vários pratos típicos portugueses, e a sua vinda constituiu mais
um momento alto. “Tivemos pela primeira vez um cozinheiro com uma estrela
verde, além de possuir uma estrela Michelin, o que demonstra que o chef Diogo
Rocha é uma pessoa preocupada com a natureza, o que muito nos honrou”, realçou
Manuel Geraldes.
Os
festivais de gastronomia são para continuar. “Este ano esperamos ter mais um
chef, até porque isso está contemplado no relatório de actividades e queremos
manter essa periodicidade de duas vezes por ano recebermos um cozinheiro vindo
de Portugal”, reforça o dirigente.
Apesar
de se encontrar no bom caminho, o que mereceu a congratulação por parte dos
dirigentes presentes na assembleia-geral, presidida por Jorge Neto Valente, o
Clube Militar ainda passa por algumas dificuldades em termos de manutenção,
nomeadamente na vertente patrimonial com o Instituto Cultural e na parte da
restante da infra-estrutura. “Estamos a tentar recolher fundos para ir fazendo
a manutenção do edifício”, refere Manuel Geraldes.
Enquanto
isso, os eventos prosseguem, como as Jornadas Musicais em força, de 15 em 15
dias, “actividades subsidiadas a 100% pela SJM, na pessoa do presidente [do
Clube] Ambrose So”, que marcou também presença na assembleia-geral.
O
Clube Militar conta actualmente com cerca de 700 sócios. Vítor Rebelo –
Macau in “Jornal Tribuna de Macau”
Sem comentários:
Enviar um comentário