Os ensaios pré-clínicos em animais da vacina portuguesa contra o novo coronavírus, que está a ser desenvolvida na Immunethep, em Cantanhede, revelam resultados promissores na capacidade de produção de anticorpos específicos
Em
comunicado enviado à agência Lusa, a biotecnológica Immunethep prevê iniciar
nos próximos meses os ensaios clínicos em humanos da vacina SILBA, que tem a
particularidade de ser administrada por via intranasal.
Pedro
Madureira, cofundador e diretor científico da Immunethep, salienta que,
“através destes ensaios clínicos, foi possível confirmar a capacidade de os
anticorpos produzidos neutralizarem a propagação do vírus em culturas de
células ‘in vitro'”.
“Os
dados obtidos até ao momento são muito promissores e indicadores do potencial
desta vacina, uma vez que, através dos dados que se conhecem das vacinas já
existentes, anticorpos contra este domínio RBD da proteína Spike, estão
associados a uma proteção contra a covid-19”, afirma Bruno Santos, cofundador e
diretor executivo da Immunethep.
Segundo
o responsável, trata-se de “excelentes indicadores para os ensaios de eficácia
em curso que se tenciona terminar no final de maio, dando lugar aos ensaios
clínicos em humanos”.
A
vacina em desenvolvimento pela Immunethep atua na prevenção da covid-19 e
utiliza o vírus inativado, que “reduz muito a probabilidade de haver novas
variantes do vírus SARS-CoV-2 que escapem à vacina”.
O
comunicado frisa que o facto de a vacina ser de administração intranasal
“permite maximizar a imunidade ao nível das mucosas pulmonares, canal
preferencial de entrada do vírus no organismo”.
“A
Immunethep mantém uma parceria com a PNUVAX, fabricante global de vacinas no
Canadá e continua a desenvolver esforços para a concretização do investimento
necessário por parte das entidades governamentais portuguesas para poder
avançar rapidamente para os ensaios clínicos em humanos no segundo semestre do
ano, como planeado”, refere.
Desde
a sua fundação, em 2014, que a Immunethep se tem dedicado ao desenvolvimento de
imunoterapias, principalmente contra infeções bacterianas multirresistentes,
contando atualmente com 10 colaboradores. In “Bom dia
Europa” – Luxemburgo com “Lusa”
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