Impossível
nessa enxurrada de informações veiculadas por todos os meios de comunicação
manter-se alheio ao que vem ocorrendo no Brasil e no mundo, diante de uma
pandemia de coronavírus (covid-19) que tomou proporções e velocidade nunca
vistas. As palavras, por mais graves e profundas que sejam, estão longe de
explicar como chegamos a esta época imaginando que estávamos num patamar
elevado de desenvolvimento tecnológico e de conhecimento humano, quando a
realidade é extremamente frágil e os conhecimentos sobre a vida e as doenças
são ainda tão limitados.
Claro
que os grandes laboratórios farmacêuticos investem bilhões de dólares em
pesquisas na ânsia de descobrir novos medicamentos para as mais variadas
enfermidades que afligem a humanidade, mas, até agora, nada tem impedido o
desastre que se experimenta atualmente no mundo com mais de 118 milhões de
pessoas infectadas e mais de 2,6 milhões de mortos, segundo dados compilados
pela Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos.
Nessa
trágica e cruel realidade, vemos o perigo cada vez mais perto, pois quem não
tem um parente, um amigo ou conhecido acometido por essa terrível doença?
Realmente, vive-se uma experiência totalmente surpreendente e impensável até
para os cientistas e pesquisadores, que lutam contra o relógio para conseguir
uma vacina realmente capaz de impedir esse crescimento descontrolado do número
de mortes.
Apesar
da caótica situação, o fato é que o mundo, com os seus 7,8 bilhões de
habitantes, necessita de uma quantidade astronômica de vacinas. E quem ficará
por último? Como serão a fabricação e a logística de distribuição dessas novas
vacinas? São questões que precisam ser resolvidas agora para que a distribuição
alcance a maior abrangência possível, inclusive no Brasil, que despertou um
pouco tarde para o enfrentamento contra esse mal.
Nesse
contexto, o profissional de comércio exterior precisa agir de maneira altamente
profissional e eficiente para movimentar todos os suprimentos necessários à
preservação da vida em todas as suas formas. Desse modo, o comércio exterior
reveste-se de importância fundamental num mundo em que cada vez menos existem
fronteiras para a produção. Os produtos e mercadorias são fabricados e
transitam por todo o planeta cada vez mais com menos barreiras e burocracias.
E, para que isso ocorra, a logística ganha maiores dimensões.
Por
isso, neste momento, é de grande importância a modernização tecnológica e de
controle implementada pelos órgãos de fiscalização da Receita Federal do Brasil
e, em especial, na Alfândega de Santos. Como se sabe, desde janeiro de 2020, a
aduana santista utiliza o sistema de desembaraço aduaneiro sobre águas,
ferramenta que possibilita o registro de uma declaração de importação antes
mesmo da descarga da mercadoria, quando se trata de empresa certificada como
Operador Econômico Autorizado (OEA), conforme está previsto nas Instruções
Normativas SRF nºs. 608/2006 e 759/2017, que trouxeram espetacular agilização
às operações de importação e exportação. No caso das exportações, a Declaração
Única de Exportação (DUE), integrada à Nota Fiscal eletrônica, também eliminou
dezenas de informações redundantes, o que agilizou sobremaneira o despacho
aduaneiro.
Tudo
isso tem contribuído para reduzir os tempos de desembaraço de mercadorias, o
que será fundamental quando houver a necessidade de liberação de grandes lotes
de vacina procedentes do estrangeiro contra a covid-19. O que se espera é que
isso se dê tão logo possível. Adelto Gonçalves – Brasil
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Adelto Gonçalves é assessor de imprensa do Grupo Fiorde, constituído pelas empresas Fiorde Logística Internacional, FTA Transportes e Armazéns Gerais e Barter Comércio Internacional (trading company). E-mail: fiorde@fiorde.com.br. Site: www.fiorde.com.br
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