Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 2 de abril de 2021

Guiné-Bissau – Empresa espanhola pretende comprar produtos agrícolas

Bissau – A empresa multinacional espanhola “West African”, que opera nos domínios de Agricultura e Pescas pretende comprar produtos agrícolas da Guiné-Bissau principalmente a mancara e o milho.

Para o efeito, esta empresa com sede na Gâmbia assinou na quarta-feira, um contrato com a cooperativa guineense denominada “Nhainto Ntchan”, para adquirir esses produtos, projetando começar a produzir e transformá-los localmente.

Após a assinatura de acordo, o Diretor Executivo da West African, Francisco Xavier Lozana afirmou que a Guiné-Bissau é um país potencialmente rico em agricultura, com 51 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) dependente da agricultura, embora, apenas cerca de 25 por cento de terras aráveis são cultivadas.

“Esse projecto tem outras componentes, que é criação de emprego, trabalhar com pessoas deportadas de outros países, integração das mulheres, formação agrícola e outras componentes necessárias, para a boa produção agrícola e sistema de rega”, sublinhou.

Por seu lado, o Coordenador da Cooperativa “Nhainto Ntchan” no país, Fode Djassi, disse acreditar que, com a assinatura desse contrato estarão em condições de produzir mais mancara, milho, óleo de palma e outros produtos, para que a multinacional espanhola tenha a quantidade que no futuro queira comprar.

“Não falta à Guiné-Bissau competências e experiências, falta sim materiais agrícolas para fazer uma produção alargada que pudesse abastecer o mercado nacional e internacional e reduzir, bastante, a fome e mudar a vida dos camponeses”, afirmou Fodé Djassi.

Por sua vez, Alanso Fati, Coordenador da Rede das Organizações Camponesas e Produtores Agrícolas da África Ocidental (ROPA), manifestou a sua satisfação pelo acordo assinado visando a compra dos produtos agrícolas da Guiné-Bissau.

“Se os nossos camponeses estão a produzir localmente e não têm meios para evacuarem os excedentes da produção isso lhes desencoraja e provoca a fome”, salientou Fati. In “Agência de Notícias da Guiné” – Guiné-Bissau

 

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