Bissau
– A empresa multinacional espanhola “West African”, que opera nos domínios de
Agricultura e Pescas pretende comprar produtos agrícolas da Guiné-Bissau
principalmente a mancara e o milho.
Para
o efeito, esta empresa com sede na Gâmbia assinou na quarta-feira, um contrato
com a cooperativa guineense denominada “Nhainto Ntchan”, para adquirir esses
produtos, projetando começar a produzir e transformá-los localmente.
Após
a assinatura de acordo, o Diretor Executivo da West African, Francisco Xavier
Lozana afirmou que a Guiné-Bissau é um país potencialmente rico em agricultura,
com 51 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) dependente da agricultura,
embora, apenas cerca de 25 por cento de terras aráveis são cultivadas.
“Esse
projecto tem outras componentes, que é criação de emprego, trabalhar com
pessoas deportadas de outros países, integração das mulheres, formação agrícola
e outras componentes necessárias, para a boa produção agrícola e sistema de
rega”, sublinhou.
Por
seu lado, o Coordenador da Cooperativa “Nhainto Ntchan” no país, Fode Djassi,
disse acreditar que, com a assinatura desse contrato estarão em condições de
produzir mais mancara, milho, óleo de palma e outros produtos, para que a
multinacional espanhola tenha a quantidade que no futuro queira comprar.
“Não
falta à Guiné-Bissau competências e experiências, falta sim materiais agrícolas
para fazer uma produção alargada que pudesse abastecer o mercado nacional e
internacional e reduzir, bastante, a fome e mudar a vida dos camponeses”,
afirmou Fodé Djassi.
Por
sua vez, Alanso Fati, Coordenador da Rede das Organizações Camponesas e
Produtores Agrícolas da África Ocidental (ROPA), manifestou a sua satisfação
pelo acordo assinado visando a compra dos produtos agrícolas da Guiné-Bissau.
“Se
os nossos camponeses estão a produzir localmente e não têm meios para evacuarem
os excedentes da produção isso lhes desencoraja e provoca a fome”, salientou
Fati. In “Agência de Notícias da Guiné” – Guiné-Bissau
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