Cidade
da Praia – O coordenador da presidência da CPLP, António Lopes, disse que Cabo
Verde “cumpriu na íntegra” aquilo que era a sua missão quanto ao acordo da
mobilidade na comunidade, sublinhando que o documento final será assinado em
Julho.
António
Lopes, que falava à Imprensa no fim da 41.ª reunião dos pontos focais da
cooperação da CPLP disse, que o acordo da mobilidade na Comunidade dos Países
de Língua Portuguesa (CPLP) era para ser assinado em 2020, mas devido à
covid-19 o mesmo foi adiado, pelo que o documento final será aprovado e
assinado na cimeira de Luanda, no mês de Julho.
Após
ser questionado pelos jornalistas sobre esta questão, o também director de
gabinete do Ministro dos Negócios Estrangeiros adiantou, de igual modo, que
inicialmente que não foi fácil negociar este acordo da mobilidade na CPLP.
“Mas
nós conseguimos levar ao consenso de todos os estados membros, o acordo foi
levado ao Conselho de Ministros Extraordinário”, concretizou, que aconteceu no
passado dia 26 de Março, que apreciou o acordo que já tinha sido aprovado nas
reuniões técnicas conjuntas.
Este
responsável fundamentou ainda que o acordo desta natureza só pode ser aprovado
finalmente e assinado pela Cimeira de Chefes de Estado e de Governos, que é o
órgão máximo da organização que delibera.
“A
reunião dos Chefes de Estado não é todos os dias, é uma reunião de dois em dois
anos”, precisou.
Sendo
assim, prosseguiu, a reunião deveria acontecer no ano de 2020, mas foi adiado
devido à pandemia, tendo observado que foi por este mesmo motivo que a
presidência cabo-verdiana da CPLP foi prorrogada por mais um ano.
O
coordenador da Presidência Pro-tempore Cabo-verdiana da CPLP afirmou ainda que
ao passar em revista os diferentes projectos constata, de facto, que, durante o
ano de 2020, “realmente houve atraso na execução de alguns projectos”, devido
ao contexto da pandemia, que levou à paragem do mundo, pelo que a CPLP e seus
projectos “não foram poupados”.
Porém,
sublinhou, este atraso na execução “não afectou de forma trágica” nenhum dos
projectos.
Instado
sobre que herança que Cabo Verde deixa a Angola, que albergará a próxima
presidência rotativa da CPLP, António Lopes disse que Cabo Verde teve uma
presidência “muito activa, e quem o diz são os próprios estados membros da
organização”.
Referiu
ainda que os projectos de cooperação não são projectos executados em um ou dois
anos, mas trata-se de projectos cuja execução “leva algum tempo”.
“Portanto,
a herança que vamos deixar a Angola, vamos deixar tudo, vamos deixar uma CPLP
dinâmica, uma CPLP com uma nova velocidade, que efectivamente pouco tem a ver
com a CPLP de uns anos atrás”, elucidou o diplomata.
Durante
a 41.ª Reunião dos Pontos Focais da Cooperação da CPLP foram analisados,
apreciados e aprovados “importantes instrumentos” da cooperação, que, segundo o
coordenador, ajudam a definir melhor a caminhada, a fixar as regras e os
procedimentos em matéria da cooperação, “para uma melhor previsão e programação
das actividades”.
Informou
ainda que foi reforçado todo o enquadramento estratégico da cooperação na CPLP,
com apreciação e aprovação do regimento da reunião dos pontos focais no
regimento do fundo especial e o manual de cooperação na CPLP, de entre outros
aspectos. In “Inforpress” – Cabo Verde
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